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Só para assinantes Assine UOL Opinião Esporte Lula ganha de presente mais uma chance para agir dignamente Milly Lacombe Colunista do UOL 11/10/2025 05h30 Deixe seu comentário A mais recente composição do STF, após a chegada de Flávio Dino (primeiro à esquerda, em pé), com o procurador-geral Paulo Gonet (último à direita, em pé). Ministros do STF Imagem: Felipe Sampaio - 22.fev.2024/SCO/STF Carregando player de áudio Ler resumo da notícia Luis Roberto Barroso saiu do STF e agora Lula pode indicar mais um ministro para a suprema corte. Vamos observar se ele vai ceder à pauta identitária do homem branco heterossexual e indicar alguém exatamente desse grupo - que domina a política, os negócios e as instituições há 500 anos - ou compreender como suas nomeações têm negligenciado mulheres e como a negligência, que vou evitar chamar de machismo, atrapalha nossas vidas. O coletivo Antígona, grupo paranaense de 236 magistradas que "busca contribuir para a equidade de gênero de forma colaborativa e não violenta" lembra em postagem no Instagram que, na história, apenas 1,7% da composição do STF foi composta por mulheres. São 134 anos de dominação de uma mesma agenda identitária: 169 nomeações e apenas três mulheres. Dizer que a luta identitária é aquela que briga por mais mulheres no STF é ao mesmo tempo um desvio e um escape. O feminismo, os movimentos antirracistas, a luta contra a LGBTfobia são pautas universalistas no sentido de que, quando esses grupos conseguem se deslocar, toda a sociedade se beneficia. Colocar uma mulher, ou, ainda melhor, uma mulher negra no STF é colocar novos afetos em circulação. É fazer com que transformações estruturais possam começar a acontecer de forma inédita. Julián Fuks A explosão de uma estrela e o colapso do mundo Letícia Casado Mágoa de Lula com Toffoli pesa sobre decisão no STF Paulo Camargo Por que líderes ainda agem como Odete Roitman PVC Carpini sempre impõe risco ao Palmeiras no Allianz Mais um homem, mais um homem branco, mais um homem heterossexual significa ceder, pela 166º vez, à pauta identitária. Onde está a população dessa nação representada dentro da mais alta corte de justiça? Como pode um país se declarar democrático se as decisões são tomadas sempre pelo mesmo sujeito político? Se Lula outra vez fracassar, o Brasil terá fracassado com ele. Opinião Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados. ** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL. Comunicar erro Deixe seu comentário Veja também Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL. UOL Flash Acesse o UOL Flash Receba novos posts de Milly Lacombe por email Informe seu email Quero receber As mais lidas agora Ex-vocalista de banda de heavy metal é assassinado na prisão Técnico de Mike Tyson sela a paz entre Popó e Werdum: 'Esporte venceu' Virginia Fonseca exibe decote em foto e ganha curtida de Vini Jr. Diane Keaton virou ícone fashion com 'estilo agênero' que desafiou padrões Palmeiras: Leila amplia frota de companhia aérea e visa outros clubes