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Análise dos Times

Motivo: Mencionado em um contexto de violência geral, sem atribuição direta de culpa ou louvor ao time em si.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Motivo: Mencionado em um contexto de violência geral, sem atribuição direta de culpa ou louvor ao time em si.

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Palavras-Chave

Entidades Principais

CBF Conmebol Universidad de Chile Independiente

Conteúdo Original

Homens são as maiores vítimas de violência no mundo. São os que mais morrem assassinados, os que mais morrem em acidentes, os que mais morrem em brigas e em guerras, os que mais morrem por suicídio. São também os agentes de cerca de 95% das violências cometidas no mundo. O que existe na ideia de masculinidade que torna o gênero homem tão violento? Se o futebol quiser de fato resolver a questão da violência em seu interior, vai ter que estudar gênero. Diante da barbárie que vimos no jogo entre Independiente e Universidad de Chile pelas oitavas da Sul-Americana, a Conmebol soltou mais uma de suas ridículas notas de repúdio que nada dizem e que funcionam mesmo para a confederação se separar do problema. A Conmebol é uma aberração que precisa ser refundada. Assim como a CBF e tantas outras. Pedir punição e aplicar multas não vai nos tirar daqui. Nunca tirou e não o faria agora. Precisamos de um planejamento para educação. Educar homens sobre como se livrarem dessa masculinidade doentia e que tanto mal causa a tanta gente. A violência é pilar de sustentação da masculinidade. Homens se legitimam homens através de demonstrações de violência. A construção dessa masculinidade passa por se colocar no mundo em oposição a tudo o que é considerado feminino: doçura, leveza, gentileza, cuidado, afeto, atenção, contenção. A validação da masculinidade vem dos opostos. Quem valida? Homens validam-se uns aos outros. Quanto mais viril, mais homem. Essa ideia de masculinidade não faz bem a homens, a mulheres, a crianças, a animais, a florestas, ao planeta. Ela não faz bem a ninguém. Tentar acabar com a violência no futebol sem acessar a brutalidade que a construção da masculinidade envolve é uma ficção, um teatro, um circo de dissimulações. Fingimos estar resolvendo alguma coisa enquanto estamos apenas adiando problemas e vivendo dentro de uma panela de pressão que vai, cedo ou tarde, explodir outra vez.