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Análise dos Times

Flamengo

Principal

Motivo: O autor argumenta que o Flamengo tem razão em debater a ambiguidade do contrato, mas erra ao pedir bloqueio judicial. Há uma defesa do direito do clube em questionar os critérios de audiência.

Viés da Menção (Score: 0.4)

Motivo: A análise descreve as ações da Libra, como a divulgação de nota oficial contra o bloqueio judicial, apresentando seus argumentos de forma informativa.

Viés da Menção (Score: 0.1)

Motivo: O texto critica o discurso de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, por confundir a opinião pública e desinformar, mesmo reconhecendo que usou uma figura de linguagem.

Viés da Menção (Score: -0.2)

Palavras-Chave

Entidades Principais

Fluminense Vasco Atlético Mineiro Grêmio Flamengo Botafogo São Paulo Corinthians Sport Santos Palmeiras Juventude Fortaleza Bahia Cruzeiro Premier League Internacional Vitória Bragantino Ceará Mirassol Campeonato Inglês Premiere Libra Leila Pereira Rede Globo Lúcia Helena do Passo Liga Forte União Rodolfo Landim Andrei Kampf Liga Brasileira Liga Italiana

Conteúdo Original

O Flamengo tem razão em debater a ambiguidade do critério de audiência no contrato que assinou com a Libra. Perde a razão, na opinião deste blog, por pedir o bloqueio na Justiça do dinheiro destinado aos clubes que assinaram o mesmo contrato. O colunista do Uol, Andrei Kampf, especialista em Direito Esportivo, explica que os bloqueios normalmente acontecem quando há chance de o dinheiro se perder. Como o contrato com a Libra dura até o final de 2029, haveria tempo de a Justiça esperar o Julgamento do mérito da questão. Se a juíza entender que o Flamengo tem razão, determinará o desconto em parcelas futuras dos demais clubes e o rubro-negro será ressarcido. Não é necessário o bloqueio. Apesar disso, a desembargadora Lúcia Helena do Passo concedeu a liminar. Lúcia Helena é a mesma desembargadora que determinou final da Taça Guanabara com portões fechados, entre Vasco x Fluminense, em 2019. Como a medida produziu confusão do lado de fora do Maracanã, a Justiça do Rio determinou a abertura do estádio aos 35 minutos do primeiro tempo e 29 mil pessoas assistiram ao Vasco ser campeão da Taça GB, seis anos atrás. Há pontos centrais para entender a briga entre a Libra e o Flamengo. Importante, a briga não é entre Palmeiras e Flamengo, embora os depoimentos recentes da presidente palmeirense, Leila Pereira, tenham dado esta impressão a muita gente. Por isso, abaixo segue um Perguntas e Respostas: Não! O Flamengo está na Série A. O que Leila Pereira fez foi usar um figura de linguagem e repetir o que todos os demais dirigentes dos oito clubes restantes da Libra estavam falando: "O Flamengo parece que quer jogar sozinho." Não vai jogar sozinho. Ele é parte da Série A e não perderá este direito. O que pode acontecer é a formação de um único bloco comercial e que o Flamengo não deseje aderir a este bloco. Neste caso, os 39 clubes das Séries A e B se juntariam para vender direitos do Campeonato Brasileiro. O Flamengo pode preferir vender seus direitos sozinho. Isto poderia ser chamado de Liga, embora tecnicamente fosse um bloco comercial. Convencionou-se chamar de Ligas a Libra (Liga Brasileira) e a LFU (Liga Forte União), que reúne onze clubes da Série A (Corinthians, Fluminense, Internacional, Cruzeiro, Botafogo, Vasco, Fortaleza, Ceará, Sport, Mirassol e Juventude). Opinião deste blog: Quando Leila Pereira fala sobre o Flamengo jogar sozinho, apesar de ser claramente uma figura de linguagem, ela confunde a opinião pública e dá a impressão de que se pode tirar o rubro-negro da Série A. O discurso é ruim, porque desinforma. A Libra divide o dinheiro de televisão em três critérios: 40% igualmente; 30% por desempenho; 30 por audiência. O Flamengo entende que não há clareza no critério da divisão por audiência e pede a adoção de um entre outros dois critérios. De fato, há ambiguidade no critério de divisão do dinheiro e dificuldade de definir os critérios de audiência. Entre outros motivos, porque a televisão prefere o Flamengo no pay-per-view para dinamizar as vendas do sistema pague para ver. Isto tira o Flamengo da TV aberta e mexe na audiência. No passado, o sistema pay-per-view tinha uma cláusula de "mínimo garantido" para o rubro-negro. Este critério caiu, entre outras razões, porque quando houve a assinatura do contrato com a Rede Globo, dona do Premiere, não havia acerto da LFU com a mesma emissora. Ou seja, poderia não haver pay-per-view e, portanto, não haveria mínimo garantido. O ex-presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, convocou o Conselho Deliberativo e defendeu a aprovação do contrato com a Libra, mesmo tirando R$ 80 milhões do dinheiro a que o Flamengo teve direito no contrato anterior. O Conselho Deliberativo aprovou a assinatura do novo acordo. Todos os outros oito clubes da Série A associados à Libra divulgaram notas oficiais contra a decisão de o Flamengo pedir o bloqueio na Justiça. A voz mais alta foi a de Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Mas Bahia, Bragantino, Atlético Mineiro, Grêmio, Santos, São Paulo e Vitória também se manifestaram. A Libra divulgou nota oficial na noite de sexta-feira. Diz que o Flamengo propaga a desinformação. Cita que a atual gestão tentou mudar os critérios já depois da aprovação, mas teve a proposta rejeitada pelo resto do grupo. Além disso, questionou o critério de cadastro de torcedores como base para definir quem ganha mais dinheiro (Opinião deste colunista, assinante do Premiere há 25 anos, sobre o cadastro: Que importância tem o cadastro se eu compro os jogos dos 20 clubes e tenho direito de assistir aos 20?). Nada a ver. É mais uma maneira de confundir a opinião pública. Ninguém está rediscutindo o contrato de TV em São Paulo, nem no Campeonato Carioca. Depois de três anos sem a Rede Globo no Rio de Janeiro, o novo acordo foi selado em dezembro de 2024. O Flamengo recebe R$ 21 milhões, o Fluminense R$ 14 milhões, os pequenos ganham R$ 2,5 milhões pelo estadual. No Paulista, os quatro grandes, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo, arrecadam R$ 30 milhões. Os pequenos recebem entre R$ 7 milhões e R$ 9 milhões. Nenhum dos clubes pequenos foi à Justiça para rediscutir o contrato assinado. Não necessariamente. A Premier League transformou o Campeonato Inglês em ouro, depois de anos sendo lixo. A Liga Italiana transformou a Série A em lixo, depois de anos dourados. Quando nasceu, a Premier League tinha três princípios. O primeiro era a divisão do dinheiro de TV em três fatias. Foram 50% igualitários, 25% por desempenho e 25% por audiência. Por incrível que pareça, isto não deu problema lá. Foi consensual. O segundo é que cada clube tinha direito a um voto unitário. Não havia discussão sobre tamanho de torcida, neste caso. O terceiro, a negociação coletiva dos direitos de transmissão. A Liga Inglesa nasceu destes três princípios, criada para ser uma empresa com um produto: o campeonato. Seu princípio era econômico. Na Itália, político. Por isso, a Inglaterra passou a ter o maior campeonato do mundo. Era como plantar uma árvore. Com a raiz sólida e o tronco forte, a seiva alimenta todos os galhos. Ao observar a árvore adulta, os galhos têm tamanhos diferentes. Mas todos são saudáveis. Na construção do novo futebol brasileiro, o que parece é que todos olham para o tamanho de seu próprio galho. E a árvore não cresce.