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Análise dos Times

Botafogo

Principal

Motivo: O artigo foca amplamente nos problemas financeiros do Botafogo, detalhando dívidas e a ameaça de 'asfixia' financeira, com um tom alarmista sobre a situação do clube.

Viés da Menção (Score: -0.7)

Motivo: A Eagle é apresentada como parte da disputa judicial e a acionista majoritária. A análise de viés é mais neutra, focando no conflito, mas mencionando acusações contra Textor.

Viés da Menção (Score: 0.3)

Motivo: O Lyon é mencionado principalmente como um credor do Botafogo e como parte das transações financeiras que geram a disputa judicial. Não há um viés claro a favor ou contra o clube em si.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Palavras-Chave

Entidades Principais

Botafogo John Textor Lyon Eagle SAF Botafogo Meden Consultoria Chris Mallon

Conteúdo Original

O Botafogo SAF teve um novo crescimento significativo de sua dívida no primeiro semestre de 2025. Há uma explosão no valor a ser pago por compra de jogadores, que chega a quase R$ 1 bilhão. E faltam fundos para quitá-los: os advogados da SAF falam em uma tentativa de "asfixiar" financeiramente a empresa por parte da sua dona, a Eagle. É o que mostra um balancete do 1º semestre de 2025 anexado ao processo judicial de disputa entre Eagle e Botafogo SAF, tendo o norte-americano John Textor do seu lado. Os dados financeiros alvinegros constam de uma avaliação do valor econômico da SAF para possível revenda — 90% das ações pertencem à Eagle. O trabalho foi feito pela empresa Meden Consultoria, contratada pela SAF Botafogo, e tem data de 5 de agosto. Fica claro que o Botafogo depende para sobreviver de receber o que cobra em empréstimos feitos a Eagle e ao Lyon. No momento, Textor diz que há uma tentativa de acordo. Mas a empresa dona da SAF alvinegra ainda não se pronunciou. Pelo balancete, em junho de 2025, o Botafogo tem um total a pagar por contratações de jogadores de R$ 969,5 milhões. Desse total, R$ 625,8 milhões têm que ser quitados em apenas um ano (as chamadas dívidas de curto prazo). Houve um crescimento superior a R$ 300 milhões nas dívidas por transferências em apenas seis meses. Em junho de 2025, o passivo total é de R$ 2,371 bilhões (excluída a receita diferida — que é uma receita a ser apropriada e um item meramente contábil, ou seja, não tem desembolso de dinheiro). Esse passivo era de R$ 1,2 bilhão em 2024, segundo o documento. Detalhe: os números são diferentes do balanço do ano passado publicado pelo Botafogo em agosto. Mais importante, o passivo circulante no meio de 2025 é de R$ 1,3 bilhão. Ou seja, esse valor teria de ser quitado em um ano. Uma parte do montante, R$ 347 milhões, é com Lyon e Eagle. Teoricamente, o Botafogo teria como cobrir esse valor pois registra R$ 1,293 bilhão a receber no período de um ano. Só que, desse total, R$ 1 bilhão é de créditos com partes relacionadas, isto é, Eagle e Lyon. Esses valores são justamente parte da briga judicial entre Botafogo SAF e sua acionista majoritária Eagle. Em sua petição na Justiça os advogados do Botafogo SAF reconhecem que a empresa depende de injeção imediata de recursos. E dizem que a briga com a Eagle representa uma asfixia financeira. "Apesar da eficiência que marca a gestão administrativa atual e do progresso constante dos últimos anos, a SAF BOTAFOGO depende da injeção imediata de novos recursos para que seja viável honrar com o cumprimento de todas as suas obrigações de curto e médio prazo, assim como para que não seja prejudicado o planejamento (e investimentos) da temporada corrente. Afinal, a disputa societária que sobreveio no GRUPO EAGLE repercutiu, evidentemente, na SAF BOTAFOGO; e o multimilionário montante que havia sido emprestado pelo clube alvinegro para auxiliar na operação/retomada dos clubes europeus ainda não foi quitado, tampouco existe qualquer perspectiva de pagamento", argumentam os advogados na ação em que a Eagle pede o controle do clube. O Botafogo teve, de fato, um crescimento grande de sua receita em 2025 muito por conta do Mundial de Clubes e da venda de atletas. Atingiu R$ 683 milhões em receita bruta apenas no primeiro semestre. Desse total, foram R$ 312 milhões de venda de jogadores e quase R$ 200 milhões do Mundial. Assim, gerou quase R$ 292 milhões de EBIDITA (sobra de caixa). Mesmo esse valor, no entanto, mostra-se insuficiente para quitar os altos compromissos do clube com contratações e com outros passivos. Sem uma resolução da disputa com a Eagle, e sem novo investimento, o clube terá bastante dificuldade financeira como revelam seus próprios advogados. Um alívio, portanto, depende de um acordo entre as partes que representa dinheiro nas contas do Botafogo. No processo, Textor e o diretor independente da Eagle, Chris Mallon, trocam acusações. O executivo da Eagle acusa John Textor de ter dados financeiros na empresa insuficientes e de falta de transparência nas transações entre clubes. Chega a questionar a existência dos empréstimos feitos pelo Botafogo a Lyon e Eagle. Em uma carta à SAF, em agosto, pediu assembleia para mudar o Conselho da SAF. De seu lado, Textor rebate que o executivo tenta manchar sua reputação. E diz que não aceitará esse tipo de posição. Os advogados da SAF alegam que Textor tinha o poder de fazer as mudanças no Botafogo. Ontem, o dirigente ainda soltou um comunicado, citando que pode ser que todos fiquem juntos dentro do grupo.