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Análise dos Times

Santos

Principal

Motivo: O artigo critica veementemente a forma como o Santos está discutindo a SAF, associando as reuniões secretas a 'safadeza' e desconfiança.

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Palavras-Chave

Entidades Principais

santos vila belmiro neymar pai conselho deliberativo saf kia joorabchian

Conteúdo Original

O Santos iniciou, na última semana, um movimento que pode mudar para sempre sua história. O Conselho Deliberativo convocou uma reunião para debater possíveis mudanças no Estatuto Social que permitam a transformação do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O problema não é a discussão em si, legítima e até necessária diante da grave crise financeira. O problema é a forma. A reunião, que será realizada na Vila Belmiro, é considerada "secreta". Os conselheiros terão de deixar os celulares na entrada para evitar vazamentos. A imprensa foi proibida. E o convite destacava, em tom quase policial: "não serão permitidos celulares durante a reunião". Ora, se estamos falando de futuro estatutário, patrimônio coletivo e de interesse de milhares de associados, por que o medo da luz do sol? Qualquer mudança de estatuto só pode acontecer com aprovação dos conselheiros e, em seguida, dos sócios em votação aberta. E os sócios precisam de informação para decidir. Reunião fechada, sem imprensa, sem celular e sem registro transmite a sensação de que se tenta esconder algo. Não é um bom sinal.... Há ainda o componente político e os potenciais conflitos de interesse. Já se fala em valuation bilionário (R$ 2,2 bilhões) e em interessados internacionais, como grupos do Catar e até o empresário Kia Joorabchian. Ao mesmo tempo, o pai de Neymar, figura extremamente influente nos bastidores da Baixada, surge como ator relevante nesse tabuleiro. Se o valor do clube cai e depois aparece um investidor próximo, como não levantar suspeitas? Transformar o Santos em SAF pode ser um caminho. Mas SAF não combina com reunião secreta. SAF exige transparência! Do contrário, corre-se o risco de a torcida associar o futuro do clube não a uma nova era, mas a uma velha prática: a da SAFadeza.