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O Corinthians fechou o primeiro semestre de 2025 no vermelho com um déficit de R$ 60,2 milhões. Motivo: excesso de gastos em relação ao que estava previsto no orçamento. O balancete alvinegro de junho de 2025 mostra um quadro de receitas robustas. O clube obteve um total de R$ 490 milhões, praticamente igual ao que estava previsto inicialmente. Isso indica uma renda acima de R$ 1 bilhão no final do ano, já que o segundo semestre costuma ser mais do que o primeiro. O problema está nas despesas do clube. O Corinthians gastou R$ 95 milhões a mais do que previsto. O orçamento tinha uma estimativa de R$ 324,8 milhões, mas o valor real foi de R$ 419,8 milhões, Com isso, em vez do superávit orçado, houve um déficit de R$ 60,2 milhões. Ou seja, a agremiação continua a operar no vermelho. O maior estouro foi no item pessoal: previsão, R$ 219 milhões; realidade, R$ 298 milhões. Assim, há uma diferença de cerca de R$ 80 milhões só em gastos com salários. Lembremos, só o jogador mais caro do time, Memphis Depay, tem um custo na casa de R$ 50 milhões por ano em salários e direitos de imagem. Com o déficit, além de obviamente o serviço da dívida, houve novo aumento no passivo corintiano. O débito líquido (passivo menos o ativo) chega a R$ 1,955 bilhão. Isso significa R$ 86 milhões a mais do que no final de 2024. No geral, caiu bastante o valor da dívida com empréstimos, provavelmente por conta do desconto da antecipação feita pela LFU. Mas cresceu o montante de débito com obrigações e encargos sociais, e também com provisões para contingências (processos com provável perda). Ressalte-se que o atual presidente Osmar Stabile assumiu o clube no final do semestre, quase em junho - a maior parte da gestão foi feita por Augusto Melo. Mas o quadro é bem claro: se não enxugar gastos com despesas operacionais, o Corinthians não vai reduzir o tamanho do seu problema.