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O Flamengo bloqueou R$ 77 milhões referentes ao critério de audiência debatido durante mais de dois anos na formação da Libra. Na época da construção da divisão de dinheiro, era comum ouvir dirigentes afirmarem que estava muito mais detalhado na Liga Forte União Foi o que disseram o Cruzeiro e pequenos de São Paulo, como Mirassol e Novorizontino. Apesar de a Libra ter, de fato, montado um quebra cabeças muito mais genérico durante os dois anos do debate, o Flamengo assinou o documento. Abriu mão de R$ 80 milhões do que antes representava "mínimo garantido" da plataforma pay per view. Não havia mínimo garantido a receber, porque não havia certeza de que o pay per view continuaria existindo. Com todas as dúvidas, está no documento a assinatura do Clube de Regatas do Flamengo. "A atual gestão do Flamengo parece não compreender que é responsável pelos contratos herdados", diz nota do São Paulo Futebol Clube contra a postura da administração BAP, em relação a um contrato assinado por seu antescessor, Rodolfo Landim. A assinatura é do Clube de Regatas do Flamengo. Por mais que se discuta se estão claros ou não os critérios de divisão por audiência, todos os demais clubes concordam ocm o rateio como estava sendo proposto. E discordam veementemente da dúvida rubro-negra. Assinou e não leu, problema é seu. O que torna ainda mais estranha outra posição do Tribunal de Justiça do Rio, sempre favorável aos pleitos de dirigentes. A ascensão e queda de Ednaldo Rodrigues ilustra bem isso. Pior, o bloqueio causa asfixia financeira até para os mais ricos. O Palmeiras deixa de receber R$ 12 milhões, quantia semelhante à do São Paulo. O Vitória já anunciou que sairá da Libra no próximo contrato. Vai se juntar aos clubes da Liga Forte União. Também houve discussão sobre o valor pago aos times da Série B e que estão na LFU. A diferença é a clareza com que foi tratado o contrato. A Série B ficou asfixiada por causa de um contrato anterior firmado com CBF e Brax, não pela falta de transparência da Liga Forte. E a solução está escrita e compreendida a partir de 2027, quando se encerrará o contrato anterior. Além disso, houve ajustes para garantir o fluxo de caixa em 2025 e 2026. A Liga Forte teve esta preocupação com o equilíbrio de forças. O resultado da confusão proposta pela postura do Flamengo é que Grêmio e Santos se aproximam de mudar de liga, após o anúncio do Vitória. A esperança é que surja a união sempre desejada a partir da ruptura do Flamengo. Todos os clubes falam em diálogo e aceitação do memorando de entendimento proposto pela Liga Forte. Todos os 39 clubes formando uma nova Liga, em que se olhe para a árvore inteira, tronco e raiz fortes. Se o Flamengo quiser olhar apenas para o tamanho de seu galho, pode ficar sem uma árvore que o alimente. Mesmo julgando que seu galho pode ser maior do que toda a florrsta. Depende também da postura do Palmeiras, que pareceu, em julho, subserviente à vontade da nova CBF. Do caos pode nascer a unidade. O certo é que todos os que leram os documentos assinados com a Libra têm o mesmo repúdio à postura da gestão rubro-negra. Os contratos têm a assinatura dos representantes do Flamengo da época. Podem ser revistos. Mas têm de ser honrados.