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A Polícia Militar brasileira invariavelmente trata de forma animalesca torcedores estrangeiros que vêm ao Brasil apoiar seus times de futebol. Na noite de terça-feira, Fluminense x Lanús teve seu reinício atrasado após o intervalo por conta de mais uma ação covarde protagonizada pela PM do Rio de Janeiro no Maracanã. No trajeto entre Buenos Aires e La Plata, para onde vim com o objetivo de cobrir a partida Estudiantes x Flamengo, quinta-feira, pela Libertadores, ainda tive que ouvir numa rádio carioca uma série de tolices ditas ao microfone por quem não tem menor ideia do que acontece nas arquibancadas. Bizarro. Sintonizando a TV argentina no hotel, vi jogadores do Lanús relatando momentos de preocupação quando a confusão se estabeleceu. Na torcida havia parentes dos atletas, mulheres, filhos, pais... Também por isso eles foram até o árbitro. Nas imagens o que se vê? Torcedores apanhando, praticamente sem qualquer reação. Esse é um problema quase diplomático. Qualquer pretexto, por menor que seja, basta para que aconteça a selvageria policial. E não só no Rio de Janeiro. Até no jogo entre as seleções de Brasil e Argentina, pelas eliminatórias da Copa 2026, em novembro de 2023, houve espancamento de estrangeiros por parte dos . Só em partidas do Fluminense, sem que o clube carioca tenha alguma responsabilidade nisso, aconteceu duas vezes desde 2023, quando o Argentinos Juniors enfrentou os tricolores pela Libertadores. Agora no duelo como o Lanús. Gente que nada fez apanhando covardemente. A Polícia deve mediar, prendendo quem eventualmente se comporte da maneira errada, e que mereça ser detido. Mas bater em todo mundo de forma generalizada e covarde é a única coisa que certos marmanjos fardados e despreparados conseguem fazer nos estádios de futebol. Sorte dos torcedores brasileiros que, pelo menos até agora, não há uma espécie de reciprocidade, quando viajam pela América do Sul. Alguém precisa dar um basta nisso, urgentemente.