Conteúdo Original
Na noite desta terça-feira, a diretoria do Flamengo apresentou para o Conselho Deliberativo os detalhes da briga entre o clube e a Libra pelo contrato de TV. Foram mostrados dados para embasar a alegação do clube de que a entidade desrespeitou suas próprias regras ao aprovar a divisão de tv. Durante a exposição, o presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, disse que a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, tem uma agenda própria em seus últimos passos no futebol brasileiro. Citou o caso do empréstimo de R$ 80 milhões da Crefisa para o Vasco. "Eu não tenho dúvida nenhuma que existe uma agenda muito clara. A gente está falando desse problema da Libra. A empresa que ela preside emprestou dinheiro para a SAF do Vasco", explicou. Em seguida, Bap lembrou que foram dadas em garantia quase 20% das ações da SAF do Vasco - depois o percentual foi reduzido para 10% - apesar de não ser um bem real. E citou o caso do Atlético-MG, em que a dívida foi transformada em ações, e o clube foi adquirido pela família Menin. A diretoria do Vasco nega que exista uma negociação em curso de venda da SAF para a Crefisa. Para Bap, a operação entre Crefisa e Vasco deveria ser questionada em um ambiente em que está se construindo um Fair Play Financeiro no Brasil. Leila Pereira tem feito críticas ao Flamengo durante a disputa com a Libra. Sobre a Libra, a diretoria do Flamengo apresentou os documentos mostrados na Justiça do Rio em que questiona a aprovação do critério de audiência, responsável por distribuir 30% do contrato da Libra - um valor em torno de R$ 315 milhões. A Justiça bloqueou os pagamentos para todos os clubes, após pedido do Rubro-Negro. O clube demonstrou que o critério de audiência aprovado em setembro de 2024, no estatuto da Libra, não poderia ser aplicado. Isso porque ele previa uma ponderação pelas receitas de TV Aberta, TV Fechada e ppv. Só que, no contrato, não há essa divisão. Outra argumentação do Flamengo é que a assembleia da Libra que aprovou o detalhamento do critério, em agosto de 2025, é irregular. Aponta dois motivos: 1) o fato de a convocação ter sido alterada em relação ao início da reunião, em maio 2) a votação foi feita sem unanimidade ao contrário do previsto no estatuto. O clube ainda reivindica que a Libra mostre os áudios desta assembleia, já que entende que a ata da reunião não reflete o que ocorreu.