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Análise dos Times

Flamengo

Principal

Motivo: O artigo detalha a ação judicial do Flamengo e as notas de repúdio de outros clubes. O tom é mais investigativo sobre a disputa.

Viés da Menção (Score: -0.4)

Motivo: O texto apresenta as alegações da Libra e dos clubes dissidentes, evidenciando a contraposição ao Flamengo.

Viés da Menção (Score: 0.3)

Motivo: O Palmeiras é citado como um dos líderes contra o Flamengo, com nota de ataque divulgada. O viés é construído pela perspectiva de quem se opõe ao Flamengo.

Viés da Menção (Score: 0.2)

Motivo: O São Paulo é citado como um dos líderes contra o Flamengo, com nota de ataque divulgada. O viés é construído pela perspectiva de quem se opõe ao Flamengo.

Viés da Menção (Score: 0.2)

Palavras-Chave

Entidades Principais

Grêmio Flamengo São Paulo Corinthians Santos Palmeiras Bahia Vitória Atlético-MG Volta Redonda Red Bull Bragantino Luiz Eduardo Baptista Rodolfo Landim Globo Libra

Conteúdo Original

Após pedido do Flamengo, a Justiça do Rio determinou o bloqueio de parte da verba do contrato de TV do Brasileiro da Libra, afetando nove clubes. A medida provocou uma série de notas de troca de ataques e acusações com Flamengo de um lado, Libra, São Paulo e Palmeiras do outro. Para entender o caso, vamos explicar ponto a ponto o que se está discutindo na Justiça. A disputa se desenrola em torno de parte do acordo de R$ 1,170 bilhão por TV Aberta e Fechada da Libra por ano para o Brasileiro. Estão na Libra: Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Atlético-MG, Santos, Red Bull Bragantino, Bahia e Vitória, entre os times da Série A. O Vitória já anunciou que vai sair no futuro. Primeiro, o imbróglio começa quando Luiz Eduardo Baptista assume o Flamengo e entende que os critérios de distribuição do contrato são prejudiciais ao clube. Os outros oito clubes, liderados por Palmeiras e São Paulo, rejeitam mudanças. O Flamengo alega que perdeu em torno de R$ 100 milhões em relação ao contato de 2024 do Brasileiro, caindo de R$ 300 milhões para R$ 200 milhões. O clube sabe que não vai recuperar esse dinheiro, que era fruto de um mínimo garantido. Mas quer reduzir a queda de receita e encontrar um meio termo. Sua proposta é modificar o critério de audiência da distribuição do dinheiro do contato. Essa regra vale para 30% do total do contrato em torno de R$ 309 milhões. O restante é dividido em 40% igualitário e 30% por posição. Esse montante não está em discussão, nem foi bloqueado. Durante oito meses, desenrola-se uma negociação tensa entre Flamengo e os outros clubes com acusações dos dois lados de intransigência. Em uma das reuniões, representantes rubro-negros apontam que os outros dirigentes se reuniam antes para tomar decisões sem o clube, o Flamengo fica claramente isolado durante as reuniões. São discutidas até seis opções diferentes de fórmulas para a distribuição da audiência. Dentro da Libra, há a alegação de que o presidente anterior do Flamengo, Rodolfo Landim, assinara um estatuto da Libra aprovando uma das fórmulas. Esse modelo divide a audiência de cada jogo igualmente entre os dois clubes, 50% a 50%. A gestão Bap diz que não há documento que mostre a aceitação pelo Flamengo desta fórmula. E defende que o clube é prejudicado porque tem menos jogos na TV Aberta porque a Globo o inclui no ppv para bombar a venda de pacotes. Ainda quer incluir como critério na audiência o cadastro do pay-per-view. Sua proposta de meio termo - o chamado cenário 4 - envolveria um ganho entre R$ 20 e 30 milhões para o Flamengo. Sua receita ficaria similar ao do Corinthians na LFU, entre R$ 220 milhões e R$ 230 milhões. O valor exato dependeria também da posição no campeonato. Palmeiras e São Paulo também teriam ganhos, porém bem menores, entre R$ 5 e 10 milhões. Com o impasse, é marcada uma assembleia da Libra em maio de 2025 para decidir o critério. Os oito clubes da Libra querem aprovar o critério com 50% e 50% para cada clube - chamado cenário 1 - já discutido em 2024. O Flamengo rejeita essa proposta. A reunião acaba sem decisão. Fica combinado que o clube carioca conversaria com cada time individualmente sobre sua oferta. Nenhum dos clubes aceita mudanças no critério como propunha o time carioca. Uma assembleia da Libra de agosto de 2025 aprova o critério do cenário 1 por maioria, com rateio igual de audiência por jogo. Flamengo e Volta Redonda votam contra. Com o critério aprovado pela Libra, o Flamengo receberá em torno de R$ 70 milhões por audiência. O clube diz que teria em torno de 20% deste rateio (em cima dos R$ 309 milhões citados acima), embora tenha 47% da torcida dentro da Libra. O São Paulo fica com R$ 53,6 milhões, o Palmeiras, com R$ 49,2 milhões. Santos, com R$ 38 milhões, Atlético-MG, R$ 30,8 milhões. Os valores foram calculados pelo blog em cima do total bloqueado na Justiça, que é um quarto do total. Ou seja, o valor bloqueado foi multiplicado por quatro. Pode haver variações com novas medições de audiência, mas a ordem de grandeza é essa. Sem um acordo, o Flamengo vai à Justiça para bloquear o pagamento dos 30% do contrato de todos os clubes, inclusive o seu. A Globo é notificada e deposita em juízo. O entendimento do clube é que a assembleia da Libra é irregular porque o critério teria de ser aprovado por unanimidade pelo estatuto da própria Libra. Após rejeição na 1a instância, o Tribunal de Justiça do Rio, na segunda instância, dá uma liminar para o bloqueio de R$ 77 milhões a serem pagos pela Globo. Seria a segunda parcela da fatia de audiência do contrato. Há mais duas fatias a serem pagas até o final do ano, sendo o total R$ 230 milhões. A Libra vai recorrer da decisão alegando que a assembleia é legal. Fora a liminar, a questão do mérito tem que ser decidido em uma corte arbitral. Em nota, a Libra acusa o Flamengo de não respeitar acordo anterior assinado pela gestão de Landim. "A medida extrema confirma uma postura que privilegia o interesse particular de curto prazo, quando na verdade os verdadeiros prejudicados são os times que contam com esse dinheiro para seu fluxo de caixa, pagamento de contas e salários" O Flamengo rebateu com uma nota oficial em que explica sua posição: "É péssimo para o Flamengo que as receitas devidas a título de audiência fiquem retidas judicialmente. Não tem como concordar, todavia, com a solução absurda que a LIBRA deseja implementar, tiranicamente, em prejuízo do clube." Líderes da Libra, Palmeiras e São Paulo também soltaram notas atacando o clube da Gávea. "Ao obstruir de forma contraditória e indevida o fluxo desses recursos, a estratégia do clube carioca se revela predatória e torpe, pois busca asfixiar financeiramente as demais instituições que constituem o bloco, algumas delas em situação de dificuldade, a fim de subjulgá-las e extrair ainda mais benefícios individuais", diz a nova Alviverde. Bahia, Grêmio, Atlético-MG, Santos e Red Bull Brangantino também soltam notas com críticas ao Flamengo.