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Depois de abandonar a Arábia Saudita no fim de semana e anunciar o rompimento unilateral do contrato com o Al-Hilal, Renan Lodi espera ter condições de assinar com um novo clube ainda neste ano. O apurou que o estafe do lateral esquerdo acredita que a Fifa deva conceder uma liminar permitindo seu retorno aos gramados em um período de no máximo dois meses. Mas essa ainda seria uma decisão provisória, independente do mérito do caso, apenas para que o brasileiro não fique com a carreira interrompida por tempo indeterminado. O julgamento do final antecipado do contrato com o Al-Hilal, com possíveis indenizações financeiras a ambos os lados, deve se estender por um tempo maior. O ex-jogador da seleção tem vínculo com a equipe saudita até junho de 2027. Ele resolveu deixar Riade e viajar de volta ao Brasil depois de não ser inscrito no campeonato nacional e nem liberado para se transferir a outro time (em definitivo ou por empréstimo). Como não ficou com nenhuma das oito vagas de estrangeiros permitidas ao Al-Hilal (o recém-contratado Theo Hernández, ex-Milan, tirou seu espaço), Lodi só poderia ser aproveitado na Liga dos Campeões da Ásia até a virada do ano, quando a janela de transferências se abrirá novamente e a lista de inscritos na Saudi League poderá ser alterada. Ou seja, o lateral esquerdo não faria mais do que seis partidas até janeiro. E, mesmo assim, apenas se fosse escalado pelo técnico Simone Inzaghi para todos os compromissos da Champions. "Busquei assessoria jurídica e fui informado de que não posso ser privado de exercer a minha profissão. Tomei a decisão de buscar os meus direitos, como qualquer trabalhador que é impedido de exercer o seu trabalho", disse o brasileiro, em nota publicada em seu perfil no Instagram. O pedido de rescisão protocolado na Fifa pela equipe jurídica de Lodi é baseado em uma interpretação do artigo 15 do Regulamento sobre o Estatuto de Transferências de Jogadores da entidade, que dá ao jogador o direito de romper o vínculo com seu empregador por justa causa se não participar de pelo menos 10% das partidas na temporada. Há uma jurisprudência de atletas que conseguiram essa rescisão unilateral (com recebimento, inclusive, dos salários que seriam pagos até o fim do contrato) pelo fato de não terem sido inscritos na principal competição de um ano. A medida também foi analisada pelo estafe de outro brasileiro do Al-Hilal excluído desta edição da Saudi League, o atacante Marcos Leonardo. No entanto, até o momento, ele segue à disposição dos sauditas. Caso consiga a rescisão por justa causa, Lodi poderá se mudar para qualquer clube sem necessidade de nenhum tipo de indenização ao Al-Hilal e mesmo fora dos períodos de janela de transferência. Por enquanto, não há nenhuma negociação encaminhada com o lateral e nem uma definição se ele continuará a carreira no futebol brasileiro ou no exterior. Em momentos anteriores, Flamengo, São Paulo e Athletico-PR (time formador do jogador, mas que atualmente está na segunda divisão) já foram apontados como candidatos a repatriá-lo.