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No dia de ontem, o Flamengo viveu uma tarde de dois tempos — um em campo e outro nos tribunais e nos corredores da Gávea. Em Salvador, a partida na Fonte Nova tinha o Flamengo como favorito diante dos desfalques do Bahia [ ]. O técnico Filipe Luís apareceu na escalação provável, com Rossi no gol e Pedro no ataque, e havia alertas sobre Alex Sandro e Léo Pereira pendurados por cartões, além de Pulgar entregue ao departamento médico. O retrospecto — dez vitórias seguidas sobre o Bahia e a invencibilidade do Flamengo na Fonte Nova desde 2019 — alimentava a confiança rubro-negra [ ]. Enquanto isso, fora das quatro linhas, o clube travou uma batalha jurídica com a Libra: uma liminar obtida pelo Flamengo bloqueou parte dos pagamentos do bloco, deixando cerca de R$ 77 milhões congelados e com a diretoria apontando um impacto estimado em torno de R$ 100 milhões para 2025 [ ]. A reação nos bastidores levou à convocação do Conselho Deliberativo para a próxima terça-feira, com a pauta voltada às controvérsias do estatuto da Libra e ao critério de divisão de receitas por audiência; há cobrança pelo silêncio do ex-presidente Rodolfo Landim, que, segundo apuração, está fora do país, enquanto a atual gestão de Luiz Eduardo Baptista (Bap) defende que a ida à Justiça foi o caminho viável [ ]. Há desconforto entre integrantes que julgavam ter sido prejudicados por falhas da antiga gestão na apresentação do contrato ao Conselho — projeções iniciais de perda de cerca de R$ 80 milhões foram atualizadas para R$ 100 milhões — e, do outro lado, a Libra afirma que defenderá a legitimidade das decisões coletivas na Justiça [ ]. No campo, o Flamengo precisa traduzir a tensão administrativa em futebol; na Gávea, a semana que prometia rotina virou um embate público entre diretoria, conselheiros e grupos internos — e o desfecho jurídico pode mexer com cofres, calendário e humores do clube, se o impasse perdurar [ , ].