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A nova ordem nos clubes de futebol é pedir aumento às casas de apostas. Mas é pouco provável que o novo contrato de publicidade do Flamengo gere efeito cascata, com várias agremiações conseguindo valores maiores em função do que a Betano pagará ao clube carioca. O mercado não vive um momento privilegiado, pelo contrário. A tributação onerou as empresas e algumas estão "sobrevivendo". Raras teriam condições de desembolsar mais, hoje. Não por acaso a Pixbet atrasou pagamentos aos rubro-negros e o contrato foi rescindindo há uma semana. Clubes do sul que têm a mesma patrocinadora já tentaram reajustes, sem sucesso. Outros já ouviram "não" de seus parceiros. O cenário do setor não é a maravilha que muitos supõem. O investimento de uma marca do segmento no Flamengo não significa a bolha mais inflada, e sim uma ação específica. Trata-se de cartada elevada partindo de quem espera dominar uma fatia significativa do mercado brasileiro de apostas esportivas. Além disso, há algo importante acontecendo: casas que chegaram ao Brasil após a regulamentação questionam o fato de outras terem se instalado antes no país e faturado muito sem pagamento de tributos. Esse bastidor poderá afetar pesadamente o segmento. Há movimentos em Brasília pela cobrança retroativa das que faturaram no período anterior ao estabelecimento de regras. Caso o governo faça tal cobrança, aquelas que atuaram (e ganharam muito dinheiro) antes da cobrança de impostos poderão ter de pagar bilhões de reais. Isso, evidentemente, pode causar impactos diversos, levando eventualmente uma ou outra empresa da área e sofrer, ao menos momentaneamente, um baque nas finanças. Incertezas e possíveis mudanças de regras por parte do governo quanto ao segmento tornam o mercado de apostas no Brasil um tanto instável. A ver.