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O está estudando a possibilidade de realizar uma troca no naming rights da Neo Química Arena. A nova diretoria do Timão, presidida por Osmar Stabile, entende que o valor atual está defasado e avalia um novo acordo para aumentar o ganho financeiro do clube. O naming rights do estádio pertence à Hypera Pharma desde 2020. A empresa assumiu o compromisso de repassar R$ 300 milhões por um acordo de 20 anos, valor que Stabile entende estar abaixo dos padrões do mercado atual. O que pode facilitar uma eventual troca nos direitos do estádio é a multa rescisória decrescente no vínculo firmado em 2020. , a partir de 1º de setembro, o valor a ser pago em uma possível rescisão contratual cai de R$ 123,250 milhões para R$ 50,750 milhões. "O valor [do naming rights] cai em setembro. Nós estamos conversando sobre isso. Tem aí três empresas [interessadas]. Acredito eu que deve chegar mais uma. Nós estamos trabalhando em cima disso para que a gente possa trazer um valor muito maior do que esse que está aí. O valor está baixo. Ele foi feito lá atrás. Era bom naquele momento? Era, todo mundo elogiou. Torcedores, associados, a própria imprensa elogiou naquele momento. Mas depois passou. Não é bom hoje mais. O valor está baixo. Nós vamos trabalhar", afirmou o mandatário. A estratégia de não estipular uma multa alta para rescindir o vínculo foi estimulada justamente pelo longo período de vigência do contrato. O clube, à época, entendeu que não poderia criar obstáculos para que novos interessados aparecessem e também caso o valor, com o passar do tempo, se tornasse defasado. O Corinthians também cogita a possibilidade de fechar um acordo para uma eventual venda conjunta do naming rights da Arena e do espaço da patrocinadora máster na camisa da equipe, ocupado atualmente pela casa de apostas Esportes da Sorte. O acordo, assim, funcionaria como uma espécie de 'venda casada'. A empresa escolhida, portanto, assumiria o naming rights da Arena e o principal espaço na camisa corintiana. Em razão disso, sobretudo levando em consideração os naming rights do estádio, o Corinthians avalia as propostas com cuidado e adota cautela especial em relação às casas de apostas. O clube já passou por perrengues recentes com as ' ', como o próprio caso VaideBet, e quer evitar novos problemas judiciais. A alta cúpula alvinegra, portanto, ainda estuda se seria interessante para o clube ter o nome de seu estádio ligado diretamente a uma casa de apostas. Apesar das reticências, a ideia da venda conjunta dos naming rights e do principal espaço da camisa está, de fato, na mesa do Corinthians. A negociação, é claro, também teria condições. Uma delas envolve a cobertura dos valores arcados pela atual patrocinadora máster do Corinthians. A Esportes da Sorte, por exemplo, ajuda a custear . O clube receberá R$ 57 milhões da companhia, sendo R$ 1,5 milhão por mês. De luvas, o site de apostas esportivas assumirá R$ 21 milhões. O Timão, neste sentido, entende que os interessados têm de assumir os compromissos que seriam eventualmente deixados pelas parceiras anteriores. A nova diretoria não abrirá mão de tal exigência. O Corinthians planeja adotar o mesmo modelo de negociação adotado no processo de recuperação da gestão do estacionamento da Arena. A diretoria abriu uma espécie de "licitação" para que possa avaliar as melhores propostas das empresas interessadas. A partir disso, o clube pôde ir ao mercado e abriu um processo competitivo, livre e de ampla concorrência, no qual diversas empresas puderam apresentar suas propostas. Assim como no estacionamento, o Corinthians estipulou condições mínimas para começar a levar as ofertas em consideração. O Timão já recebeu três propostas, conforme revelado por Stabile, todas elas em envelope fechado. O clube decidirá, ainda, de que maneira vai abrir estes envelopes sob a presença dos representantes de cada empresa para, posteriormente, levar as propostas para apreciação do e do Departamento Jurídico do clube. Apenas depois de todos esses trâmites, a decisão será tomada, e o contrato assinado. ? Corinthians (@Corinthians) A reportagem da apurou que a Hypera Pharma, atual detentora dos naming rights, está interessada em manter os direitos nominais da Neo Química Arena. Assim, a companhia farmacêutica deve participar desse processo de "licitação" promovido pelo Corinthians. Stabile evitou cravar um prazo para a resolução das negociações. A diretoria alvinegra, entretanto, está confiante de que pode chegar a um novo acordo pelos naming rights até o final deste ano. "Esse trabalho nós temos que fazer. É obrigação do presidente e sua equipe trabalharem isso. Isso [mudança dos naming rights] deve acontecer. Não vou falar para você o período, mas em breve deve acontecer. Não quero deixar aqui promessa nenhuma, para falarem 'po, mais uma promessa...'. Não. É um trabalho sendo realizado", explicou Stabile. "Pode ter certeza que em breve informaremos de que forma está andando isso. E também se tiver mais empresas, acontecerá com envelope fechado também. É uma forma de darmos tranquilidade para quem vai participar e verificar. Quem dá mais, leva, desde que atenda os requisitos especificados pelo Corinthians", concluiu o presidente recém-eleito.