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Internacional e Corinthians se enfrentaram no Beira-Rio em um duelo cheio de tensão, cartões e reclamações. E, como tem acontecido cada vez mais em nosso sofrido futebol, quem saiu do gramado como protagonista não foi Gui Negão, Carbonero ou qualquer outro jogador. Foi o VAR! Logo no primeiro tempo, o Colorado chegou a comemorar o empate com Óscar Romero, que apareceu livre na área para completar cobrança de falta rasteira e balançar a rede. Festa da torcida? Só até o árbitro ser chamado pelo vídeo! O lance foi minuciosamente revisado e, numa interpretação para lá de exagerada, entenderam que Luis Otávio atrapalhou a visão do goleiro Hugo Souza. O gol foi anulado, deixando o Inter e seus torcedores revoltados. E eu concordo com eles: se formos anular lances assim, aquele histórico gol de Ricardinho contra o Santos em 2001 também deveria ser considerado ilegal! Do outro lado, o Corinthians foi cirúrgico. Aos nove minutos, Matheuzinho cruzou com precisão e Gui Negão mergulhou de cabeça para abrir o placar. O Alvinegro ainda chegou a marcar com Hugo, mas o bandeira pegou impedimento claro e anulou o lance. Na etapa final, a temperatura subiu. O Inter partiu para cima, Ramón Díaz encheu o time de atacantes e a pressão foi aumentando até que, aos 54, em disputa dentro da área entre Cacá e Bruno Henrique, o árbitro marcou pênalti. Outra vez com auxílio do VAR! Carbonero foi para a bola, Hugo Souza até tocou nela, mas não conseguiu evitar o empate. Só que a penalidade também deixou muita gente com a pulga atrás da orelha: contato mínimo, muito mais interpretativo do que objetivo. No fim, o 1 a 1 acabou sendo até justo pelo que as equipes produziram. O Corinthians, mesmo com um time alternativo e cheio de desfalques, foi competitivo. O Inter, com a estreia de Ramón e Emiliano Díaz no Beira-Rio, teve momentos de domínio, mas não conseguiu transformar pressão em eficiência. Só que ninguém saiu satisfeito: os colorados se sentiram prejudicados pelo gol anulado, e os corintianos, pelo pênalti duvidoso.