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A diretoria do São Paulo já discursou na direção da austeridade, que na prática não existe. O clube entrou em projeto de recuperação financeira, mas segue com elenco caro para quem tanto deve. Há projeções de que o endividamento tricolor esteja ainda mais próximo de R$ 1 bilhão ao final da temporada em curso. Com Júlio Casares na presidência, o clube trafega entre o aperto no cinto e a eventual volúpia no mercado da bola. Jogadores como Lucas, Oscar e Calleri não são baratos. Como James Rodriguez, contratado na atual gestão. E há quem defenda time forte já, algo incompatível com um verdadeiro projeto de recuperação econômica. O São Paulo perdeu a chance de se organizar quando Leco esteve na presidência. Ampliou a dívida, inclusive, com nomes como Daniel Alves. E vai desperdiçando nova chance na atual gestão, que há poucos dias sonhava com um atacante dos mais caros, Marcos Leonardo. Obviamente um elenco barato amplia a ameaça do time diante do risco de rebaixamento e o afasta dos títulos. Por isso esse processo, quando executado pra valer, é duro, difícil. O chamado remédio amargo. E os efeitos colaterais dessa situação são diversos, entre eles as vendas de jovens atletas por cifras inferiores às obtidas por rivais. Caso do Palmeiras, que vive um período de equilíbrio financeiro em sua história e com isso tem maior poder de negociação. Se os palmeirenses têm condições de endurecer nas negociações com interessados em seus jogadores, os tricolores nem tanto. Precisando de dinheiro, acabam negociando por cifras não tão pesadas. E não há perspectiva de mudança desse cenário, ao menos por enquanto.