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Há algo de muito especial em assistir ao Bruno Guimarães atuar no Newcastle e pela Seleção Brasileira, pois, em muitas ocasiões ele parece ter poderes para construir grandes jogadas. Mas o maior ato dele é fora de campo ao decidir virar herói, gladiador para fazer a alegria e aguçar a imaginação dos filhos. Esse é o melhor papel do mundo, estar perto da família e ajudar no desenvolvimento de cada criança ao redor. Fiquei satisfeita com o vídeo dele brincando com os filhos, um mundo de imaginação, de ternura, de heróis e alegria. E pensei: esse lado é parte fundamental do que o faz gigante também dentro do campo. Afinal, herói bom é herói completo, que chora, que ri, que sonha antes de dormir e que luta quando a torcida canta. Bruno não é só o volante que equilibra jogadas, distribui passes certeiros; ele é o tipo de jogador que carrega liderança silenciosa. Quando pega na bola, quando corre, quando tapa espaços, é como se defendesse algo maior: o ideal de um clube, de uma nação de torcedores. Ele carrega peso, consciente disso, e não recua. E no mundo da infância, com seus filhos, ele parece um "normal", um homem como qualquer outro, cheio de brincadeiras inocentes. Mas é precisamente essa humanidade que nos aproxima dele: saber que o herói tem casa, tem risada de criança, tem insegurança, tem medo. E mesmo assim vai à guerra toda vez que o apito inicial soa. Se o futebol é teatro, Bruno Guimarães é protagonista de muitos atos. No ato privado, ele é pai de fantasia, criador de histórias que, quem sabe, inspiram futuros pequenos heróis. E isso, essa dupla face, é o que faz sua jornada tão rica: ele não esquece de seu mundo de imaginação, mesmo vivendo em futebol real, de bola pesada, de torcida gritando, de pressão.