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Abel pode cantar Britney Spears: . Ou: Opa, fiz isso de novo. O que ele fez? Ele encontrou um time capaz de brigar pelos principais títulos do ano. Abel vai ficar outra vez insuportável, e talvez tenha seus motivos. Vai buscar nas vozes que duvidaram o combustível necessário para competir no mais alto nível até o final do ano. Ele fez, verdade, mas não podemos tirar o papel de sua presidente nesse caso de sucesso. Os dois jogam bem juntos. Se o Palmeiras não levantar nem Brasileirão nem Libertadores a campanha terá sido um fracasso? Eu não acho. O Palmeiras de Abel, todo remontado, voltou a bater um bolão. Para mim, basta. Canecos legitimarão o feito, claro. Mas o que quero apontar é a capacidade de um treinador de construir times competitivos. Ah sim: ele ganhou muitos reforços. Mas se isso bastasse para garantir sucessos nem precisaríamos de treinadores. A torcida desconfiou, parte da imprensa desconfiou, adversários desconfiaram. Abel magoou. Mas, se olhássemos para o passado buscando por materialidade, não haveria muito espaço para desconfianças. Era meu argumento. Abel ensaiou esse recomeço algumas vezes desde janeiro. Foram duas eliminações para o maior rival que talvez tenham adquirido um tamanho desproporcional se tiradas de contexto. Olhem a situação do Corinthians e a do Palmeiras. O Corinthians está sendo sucateado dia após dia. Não celebrei nenhuma das duas eliminações. Não vejo motivos para celebrar porque entendo que o Corinthians passa pelo pior momento de sua história e nada deveria ofuscar o tamanho da crise. O Palmeiras segue ganhando musculatura. A cultura da vitória a todo custo e do imediatismo tem a capacidade de cegar. Bem, aí está o Palmeiras de Abel. Os anti, como eu, que lutem. Nossa vida não vai ser fácil. Como não é desde 2020.