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Que Jair Messias Bolsonaro é tosco, grosseiro e ignorante não é novidade para ninguém, mesmo para os que votam nele, muito, por iguais, exatamente por isso, como diz Mano Brown. Mas que fosse estúpido a ponto de, mesmo em prisão domiciliar e tornozeleira, guardar no telefone o que a PF acaba de tornar público é estarrecedor. O que dá a medida do nível da Academia Militar das Agulhas Negras e desmoraliza de vez a ideia de governadores que querem implantar escolas cívico-militares em nossos estados. Bolsonaro foi além de deixar rastros, deixou todas as evidências de que continuou conspirando contra a democracia brasileira em suas conversas com o filho fujão Eduardo, apelos aos tresloucados Donald Trump e Javier Milei e explicações ao enlouquecido e bravateiro Silas Malafaia. De fato, beira ao inverossímil, e torna a tarefa de seus advogados sobre-humana. A defesa de atos tão fora da casinha está condenada a dizer que a Polícia Federal inventou os diálogos, forjou gravações, manipulou o celular do capitão com Inteligência Artificial, porque até a burrice natural tem limites. De tudo, resta concluir: deprimente é o eleitorado que o levou à presidência do Brasil. E é o que temos ainda em quantidade assustadora, seguidores fundamentalistas graças à elite predadora do sistema educacional brasileiro.