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No dia 14 de agosto, a coluna enviou uma mensagem ao departamento de comunicação da Confederação Sul-Americana de Futebol: "A Conmebol pensa em criar um protocolo de recebimento e segurança dos visitantes?" O motivo do questionamento: inúmeros casos de violência (policial especialmente) e desrespeito contra torcedores estrangeiros em estádios brasileiros. Episódios que já vinham se tornando comuns em outros países. Antes que alguém defenda a famigerada torcida única nos jogos internacionais, vale lembrar que as finais são disputadas em um só jogo, geralmente em campo neutro. E a entidade espera, naturalmente, que as torcidas viajem ao local da decisão. É preciso que estejam mais seguras e não sejam tratadas como no caso dos "hinchas" do Racing em Montevidéu, retidos por horas após a partida frente ao Peñarol. O mesmo aconteceu com os torcedores do Flamengo, no mesmo estádio, em 2023, e com os do próprio time argentino na Recopa, no começo do ano, no Engenhão, após cotejo frente ao Botafogo. A falta de medidas de segurança para proteger a torcida visitante e também os locais criou o ambiente propício à barbárie vista em Independiente x Universidad de Chile. Na véspera, na cancha ao lado, tudo correu bem em Racing x Peñarol, com os uruguaios isolados dos argentinos. Por que um jogo apresenta os cuidados especiais necessários e outros não? Apesar da quase briga em Medellín, não houve registro de confusão na peleja de volta entre São Paulo e Atlético Nacional, no Morumbis. Falta padrão, obviamente. Punir os responsáveis pelos bárbaros acontecimentos de quarta-feira em Avellaneda é uma obviedade. Mas e depois, o que será feito para que não se repita?