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Análise dos Times

Motivo: A análise foca na decisão do técnico Ancelotti sobre a convocação de Neymar, e não em um viés claro a favor ou contra a seleção brasileira em si.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Neymar

Principal

Motivo: O autor defende a estratégia de Ancelotti de não convocar Neymar automaticamente, argumentando que o jogador deve provar seu valor e forma física, o que sugere um viés de análise sobre a situação individual de Neymar.

Viés da Menção (Score: 0.4)

Motivo: O Santos é mencionado como o clube onde Neymar tem jogado, servindo como um ponto de referência para sua condição física, sem um viés específico para o clube.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Palavras-Chave

Entidades Principais

Dorival Júnior Santos Brasil Carlo Ancelotti Neymar Fernando Diniz Romário Luiz Felipe Scolari

Conteúdo Original

O futebol de clubes fica para trás, e nos próximos dez dias o assunto será o futebol de seleções. O Brasil jogará partidas que pouco valem contra Chile e Bolívia, mas, para o Brasil, sempre vale, mesmo quando não vale. E Carlo Ancelotti já deve saber bem disso. Na semana passada, o técnico não convocou Neymar para as partidas. E a dúvida pairou no ar. Será que ele não foi convocado por questões físicas? Depois de Neymar ter jogado os 90 minutos contra o Fluminense, fica claro que não havia nenhum problema físico com o jogador e ele não foi convocado porque não foi convocado. Isso é muito importante. Porque se Ancelotti tivesse simplesmente dito "Neymar não está convocado", teria sido o assunto da semana passada. Mas ele foi mais inteligente que isso. O técnico falou duas frases sobre o tema: "Neymar não precisa ser testado"; e "para estar na seleção tem que estar 100% fisicamente". Oras. Neymar está 100% fisicamente. Ele acaba de completar oito partidas consecutivas no Santos. A notinha falando de edema muscular, um par de dias antes do anúncio da convocação, saiu apenas para confundir mesmo. Edema muscular, incômodo, chamem como quiserem, é algo que todo tipo de jogador tem. Até mesmo Neymar disse que ficou fora da convocação "por questão técnica, e não física". E oras (de novo), Ancelotti disse na mesma entrevista que convocou fulano, ciclano e beltrano para "conhecer melhor". Ele não precisa conhecer Neymar melhor? Eu digo que não há ninguém que ele precise conhecer mais do que Neymar. Foi o astro sobre o qual a seleção brasileira girou ao longo de 15 anos, estando ou não estando presente. O que Ancelotti faz é o que eu falo que tem que ser feito desde janeiro de 2023. A seleção precisa não ter Neymar. É necessário convocar jogadores e criar um ambiente sem Neymar. E logo, se nas vésperas da Copa, ele estiver bem fisicamente e jogando a bola que sabe jogar, basta convocá-lo. Não é necessário dizer que "Neymar não tem lugar na seleção". Basta não convocá-lo. E deixar as portas abertas. É o que faz Ancelotti. Diferente do que fez Luiz Felipe Scolari em 2002 com Romário. Qual risco corre o italiano? Ele corre o risco de montar um time que funcione, encontrar a química e não precisar de Neymar. E não corre o risco que correram todos os técnicos anteriores: o risco de ser refém de Neymar e de ter todos os jogadores convocados, titulares ou não, experientes ou não, orbitando em torno da saúde, do humor e do entorno de Neymar. Fernando Diniz e Dorival Júnior passaram o período inteiro de seleção exaltando Neymar, dizendo que esperavam Neymar e acabaram caindo... sem Neymar. Qualquer outro treinador brasileiro que estivesse no cargo teria convocado Neymar para os jogos contra Chile e Bolívia. E dariam sequência à dinâmica que foi criada na seleção brasileira desde 2010. Neymar não está jogando essa bola toda no Santos. Se continuar assim, neste nível, pode ou não pode estar na seleção brasileira. Se elevar o nível e no ano que vem, nos três ou quatro meses antes da Copa, estiver realmente fazendo a diferença e tinindo fisicamente, será chamado. E Ancelotti dirá "ué, eu sempre disse que ele não precisava ser testado e só precisava estar bem fisicamente". Para que comprar briga agora?