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Análise dos Times

Motivo: O artigo critica o uso do VAR em geral, usando um jogo do Corinthians como exemplo, mas não demonstra viés direto contra o time em si.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Motivo: O artigo critica o uso do VAR em geral, usando um jogo do Athletico como exemplo, mas não demonstra viés direto contra o time em si.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Palavras-Chave

Entidades Principais

copa do brasil corinthians vitinho athletico pr viveros fifa cbf maycon matheusinho diego pombo lopez

Conteúdo Original

Diego Pombo Lopez é o nome do árbitro de vídeo da partida de Copa do Brasil, entre Corinthians e Athletico-PR, disputada na noite de quarta-feira em Itaquera. Pelo que vimos ontem, é um profissional que não está preparado para o cargo que ocupa. Não conhece o protocolo, não deveria estar onde está e a atuação dele é um bom exemplo do buraco em que estamos. O no lance que resultou em pênalti para o Athletico é para lá de elucidativo sobre como o VAR não deve atuar em uma partida de futebol. No campo, o árbitro marca pênalti após um cruzamento da esquerda tocar no braço de Matheusinho, que estava descolado do corpo. Podemos discutir a vida inteira se é justo ou não marcar pênaltis dessa forma. Eu, particularmente, considero exdrúxula a mudança do entendimento da regra feita pela Fifa anos atrás, mas ela o que é. Portanto, não está em discussão se foi uma infração ou não. Pela regra, isso é passível de marcação, seja de falta ou pênalti. Muito bem. Qual a dúvida no lance, então? Se o toque aconteceu dentro ou fora da área. Como o VAR deve proceder? Ele pede as câmeras, os vários ângulos e, ao concluir se foi fora ou dentro, comunica o árbitro e ponto final. Se não for conclusivo, acabou, segue a decisão de campo. Tudo isso o mais rapidamente possível. O que aconteceu de fato em Itaquera? Diego Pombo Lopez não conseguiu concluir se foi dentro ou fora da área a infração. E, de cara, todos nós que estávamos vendo o jogo concluímos o mesmo. Em 5 segundos, já era possível saber que não haveria conclusão definitiva sobre o lance. O que ele deveria ter feito era apenas confirmar a marcação de campo. Mas, não. No VAR brasileiro, nunca funciona assim, certo? Primeiro o cara gasta minutos e mais minutos tentando chegar a uma conclusão. "Sou VAR brasileiro e não desisto nunca". E, depois, a cereja do bolo, ele chama o árbitro de campo para "dar uma olhadinha". Ou seja, para o árbitro de campo também ficar na dúvida e ainda por cima ter a opção da escolha, que é tudo o que não queremos. O que esses caras têm é um profundo desrespeito pelo jogo e por quem está vendo o jogo. Não pensam nem por um segundo no impacto de uma demora de 4 minutos (que foi o que demorou) para quem está no estádio, seja na arquibancada, seja no campo. Eu não são um radical anti-VAR. Mas sou contra a ferramenta da maneira como ela é operada no Brasil. Impacta o andamento das partidas, muitas vezes traz mais dúvidas do que certezas e se transforma em uma ferramenta de preciosismo, que mata o espírito do futebol. Vou repetir até minha voz acabar ou os dedos cansarem. O árbitro de vídeo só pode interferir no jogo em casos muito, muito, muito claros de erro de arbitragem. O VAR não serve para a partida de futebol ser reinterpretada, não é assim que deve ser usado. O VAR só deve chamar se ele estiver 1000% convicto de que aquele lance será unanimidade mundial. Se ele achar que qualquer pessoa do planeta pode ter outra interpretação sobre determinada jogada, não pode chamar o juiz de campo. Ontem mesmo, em Itaquera, tivemos mais dois lances em que a atuação do VAR merece ser discutida. Primeiramente, no gol do Athletico, de Viveros, que acabou anulado por uma falta do próprio athleticano em cima de Maycon no início da jogada. Viveros recupera a bola, avança o campo inteiro com ela depois disso e faz o gol. O árbitro Davi Lacerda está a cinco metros do lance, com visão limpa, não interpreta como jogada faltosa e manda seguir. Vamos lá. Foi falta de Viveros? Eu até acho que foi. É um lance discutível? Claro que é. Pode ter gente que acha que é um tranco faltoso por trás, pode ter gente que acha que Maycon caiu porque foi mole no lance. Na Inglaterra, por exemplo, a arbitragem da Premier League vai mais vezes não marcar do que marcar lances assim. Agora, o principal é. Dentro da cabine do VAR, há controvérsias, como mostra o diálogo divulgado pela CBF. O árbitro de vídeo principal, Diego Pombo Lopez, acha que não foi falta. E o assistente ali, chamado AVAR, acha que foi falta. Se na própria cabine há controvérsias, se o árbitro de campo viu o lance e mandou seguir, por que raios o lance é revisto? O futebol não deve ser reapitado em câmera lenta. Os árbitros de vídeo precisam entender de uma vez por todas que o "menos é mais" deve ser a regra a ser seguida. Quanto menos eles chamarem o árbitro de campo, melhor para o jogo e para o público que está assistindo. Injustiças ocorrerão? Sim, ocorrerão. O lance do gol do Athletico ontem, por exemplo, hoje estaria sendo discutido como "erro do VAR". Eu digo o contrário, seria um acerto do VAR. Talvez um erro do árbitro de campo, por ter visto o lance e não ter dado a falta, mas nunca do VAR (se tivesse se omitido). Como errou o árbitro de campo ao não expulsar Vitinho no começo do segundo tempo e dar só amarelo, em um lance violento, por trás, que poderia ter lesionado o jogador do Athletico. Foi na cara dele. Ele viu e deu cartão, O VAR não chamou. Deveria ter chamado? Na minha opinião, não deveria. O juiz viu. Interpretou. E deu amarelo. Ponto final. Teve também um lance de possível pênalti em Viveros, ainda no primeiro tempo, abraçado na área. Foi pênalti? Pode ser marcado, pode não ser marcado. Na cabeça de quem vê a faltinha de Viveros em Maycon no lance do gol anulado, possivelmente então seja pênalti sobre o colombiano no lance seguinte. A questão que gera confusão e faz os torcedores ficarem revoltados é: por que chama em um lance e não no outro? E aí entram as teorias da conspiração, de que alguns são prejudicados e, outros, beneficiados. É a arbitragem que dá margem para isso e põe gasolina na fogueira quando adota critérios tão diferentes de um jogo para outro e dentro de um mesmo jogo. O melhor a fazer é não chamar nunca. Deixar a decisão de campo valer para todos os lances de interpretação. O juiz viu Maycon sobre Viveros e não deu falta? Segue o jogo. Não tem que reapitar. O juiz viu o abraço em Viveros e não considera pênalti? Segue o jogo, não tem que reapitar. O juiz viu a entrada de Vitinho e achou que era lance para amarelo e não vermelho? Segue o jogo, não tem que reapitar. O juiz deu pênalti de Matheusinho e os replays não indicam claramente se foi dentro ou fora da área? Segue o jogo, não tem que chamar o juiz na cabine para tirar a dúvida. É, teoricamente, muito simples. Precisamos de um VAR omisso, e não ativo. Uma pena que os caras sejam tão ruins e que o "uso brasileiro" do VAR seja tão nocivo ao jogo e desrespeitoso com quem paga ingresso.