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Acelino "Popó" Freitas voltou a se pronunciar publicamente após a briga generalizada que marcou o Spaten Fight Night 2, no último sábado, em São Paulo. O tetracampeão mundial usou as redes sociais para direcionar uma mensagem de apoio ao filho, Rafael Freitas, que foi o responsável pelo soco que deixou Wanderlei Silva desacordado durante o tumulto. Na carta aberta, Popó admitiu que o filho errou, mas defendeu suas intenções, classificando o ato como um "gesto nobre". "Você errou, sim, como tantos ali, mas sei que sua intenção foi apenas me defender. Você pediu desculpas publicamente e isso eu admiro, pois ninguém do outro lado teve a hombridade de fazer o mesmo. Seu gesto foi nobre, mas não querem te ouvir", escreveu o ex-pugilista em seu Na mensagem, o tetracampeão relatou que Rafael tem sofrido ameaças desde o episódio. "Filho, seja forte nas adversidades. Você está sendo ameaçado de todos os lados, mas quem conhece seu coração sabe que não merece isso. Você não está sozinho. Seu pai sofreu no ringue: durante a luta e depois. Sofri com jogo sujo e golpes ilegais conscientes, que levaram meu adversário à desclassificação e me deram a vitória. Ele queria vencer a qualquer custo, minando minha capacidade de lutar." O episódio aconteceu depois que Wanderlei Silva foi desclassificado por aplicar cabeçadas em sequência durante o quarto round do combate. A decisão do árbitro desencadeou uma invasão dos membros das equipes ao ringue e uma cena de pancadaria generalizada. Em imagens, Rafael aparece atingindo Wanderlei com um soco no rosto, deixando o ex-lutador de inconsciente. Silva, que precisou levar pontos no olho e relatou fortes dores, já anunciou que vai acionar a Justiça contra o filho de Popó. O tetracampeão destacou ainda que ele próprio foi agredido após a queda nas cordas, quando teria recebido golpes de profissionais experientes da luta, sem chance de defesa. "Estou estarrecido. Triste. Envergonhado. Infelizmente, meu oponente, a quem mantenho o respeito como ídolo, está sendo levado a erro por pessoas que só querem se aproveitar dele." Mesmo abalado, o ex-pugilista garantiu que continuará buscando o caminho da paz, mas avisou que está pronto para enfrentar o caso judicialmente. "Se querem resolver na justiça, teremos que estar prontos. Eu e você, juntos, em família. Contra quem nos atacou, contra as inverdades que espalham a cada minuto. Na justiça, teremos que nos defender e atacar com a verdade. A vida é assim, meu filho." A fala também reforçou a tentativa de Popó em conter seus familiares no tumulto, lembrando que "o filho do adversário foi o primeiro a desferir golpes", enquanto os seus apenas protestavam em gestos e palavras. "Nada justifica o ímpeto deles, e eu não quero isso. Se pudesse voltar atrás, eu voltaria, já disse isso. Antes de qualquer golpe atingir meu adversário, eu já estava caído nas cordas, sendo agredido covardemente." Após passar por cirurgia na mão direita em Salvador, Popó já havia enviado uma mensagem pública a Wanderlei propondo um encontro para selar a paz. O ex-lutador, no entanto, relatou sequelas físicas e emocionais da briga e afirmou que vai buscar reparação na Justiça. O Conselho Nacional de Boxe (CNB) suspendeu Popó e Wanderlei por 180 dias, além de aplicar punições mais severas a outros envolvidos, como o treinador André "Dida" Amado, suspenso por um ano.