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A primeira Copa do Mundo com 48 seleções pode ter ausências importantes, incluindo equipes tradicionais e até tetracampeãs. Nem mesmo o "puxadinho" da Fifa para ter 16 participantes a mais pode evitar que países importantes fiquem pelo caminho. Ainda não dá para ter uma ideia de quais serão as maiores ausências nos Estados Unidos, México e Canadá, mas com a maioria das Eliminatórias em fase avançada, é possível fazer projeções. As Eliminatórias europeias ainda estão longe do fim, mas a configuração dos grupos e os resultados das primeiras rodadas já desenham cenários complicados para seleções tradicionais e até campeãs mundiais. A Itália, por exemplo, está atrás da Noruega no Grupo I e perdeu o primeiro confronto direto por 3 a 0. Para evitar uma repescagem, tem de torcer por tropeços dos nórdicos, ou vencer o confronto da rodada decisiva, em casa, no dia 16 de novembro, por goleada. Se for à repescagem, será a terceira Copa seguida nesta situação: em 2018 caiu diante da Suécia; em 2022, contra a Macedônia do Norte. A Alemanha está em situação delicada, mas um pouco melhor: perdeu por 2 a 0 para a Eslováquia na estreia pelo Grupo A. Os alemães têm vaga garantida na repescagem pelo ranking; para garantirem vaga direta, precisam torcer contra os eslovacos, ou vencer os eslovacos em casa, na última rodada, por dois ou mais gols. Vice-campeã mundial de 1958, a Suécia perdeu para o Kosovo e se complicou no Grupo B. Atrás dos kosovares e da Suíça, a equipe nórdica precisa de uma boa arrancada final para ficar pelo menos com uma vaga na repescagem europeia. Já a Sérvia, adversária do Brasil na fase de grupos das duas últimas Copas, pode ficar fora até da repescagem: depois de levar 5 a 0 da Inglaterra em casa, a seleção balcânica disputa com a Albânia — do brasileiro Sylvinho — o segundo lugar. As Eliminatórias na América do Sul terminaram na terça-feira, com seis equipes classificadas (Argentina, Equador, Colômbia, Uruguai, Brasil e Paraguai) e a Bolívia garantida na repescagem mundial — que só acontecerá em março de 2026. Entre os três eliminados está o Chile. Terceira colocada na Copa do Mundo de 1962 e bicampeã da Copa América em 2015 e 2016, a seleção chilena foi uma das mais fortes do continente na última década, mas acabou na última posição das Eliminatórias. Com México, Estados Unidos e Canadá garantidos na Copa do Mundo, era de se esperar que a Costa Rica tivesse vida fácil. Presente em cinco das últimas seis edições, a equipe centro-americana era favorita na teoria, mas está sofrendo. Após duas rodadas na terceira fase, os costarriquenhos estão em segundo lugar no Grupo C, atrás da seleção de Honduras. Os dois melhores segundos colocados de cada grupo (são três), avançam para a repescagem mundial. Atualmente, a Costa Rica é a pior segunda colocada, atrás de Curaçao e El Salvador. Restam quatro rodadas. Consideradas as mais disputadas do mundo, as Eliminatórias da África estão na reta final com ao menos duas grandes potências ameaçadas: Nigéria e Camarões. Os nigerianos estão em terceiro lugar no Grupo C, com 11 pontos, atrás de África do Sul (17) e Benin (14). Já os camaroneses são segundos colocados no Grupo D, com 15 pontos; Cabo Verde lidera com 19, restam duas rodadas. Os vencedores do grupos garantem vaga no Mundial, bem como os quatro melhores colocados num total de nove. Camarões, no momento, é a quinta colocada neste ranking e estaria fora da Copa. A primeira fase das Eliminatórias classificou seis seleções: as tradicionais Irã, Japão, Coreia do Sul e Austrália, além das estreantes Uzbequistão e Jordânia. A lista tem uma ausência importante: a Arábia Saudita, que participou de seis das últimas edições do Mundial (e que venceu a Argentina na estreia da Copa do Qatar), Os sauditas ficaram em terceiro no Grupo C, atrás de Japão e Austrália. Na quarta fase, a seleção está no Grupo B, ao lado de Iraque e Indonésia. A campeã do grupo vai à Copa, a segunda colocada avança para um playoff que leva à repescagem mundial.