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Palmeiras, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Red Bull Bragantino e Grêmio emitiram neste sábado um comunicado com críticas para bloquear parte do repasse de verbas referentes às cotas de transmissão do . A briga chegou à Justiça do Rio porque o Flamengo não conseguiu até agora um acordo para rever a regra de divisão do dinheiro dentro da Libra. Essa bandeira foi levantada por Bap já na eleição, contestando a postura do clube na negociação durante a gestão Landim. Em suma, o Fla queria estender o critério de cadastros no pay-per-view, no qual leva ampla vantagem, para os demais meios de distribuição dos direitos (aberta e fechada). A surpresa na Libra se dá porque essa discussão já tinha sido aberta dentro do bloco, com reuniões ao longo dos últimos dez meses. Houve uma negociação longa com os clubes do bloco até que, em setembro, os times decidiram recusar proposta do Rubro-Negro e aprovaram um critério que divide igualmente as audiências dos jogos. A ideia era tentar achar um denominador comum para 2026. Pensando em 2025, um acordo era considerado inviável, pois os demais clubes já estavam contando com o dinheiro com base na divisão aprovada ano passado. O Flamengo, por outro lado, entende que a negociação se arrastou por tempo demais, sem que houvesse de fato uma sinalização de que poderia ser atendido. A diretoria rubro-negra ainda questiona a validade dessa assembleia que tratou da divisão. A alegação é de que a Libra não apresentou um documento formal assinado por Landim sobre esse assunto. Na segunda-feira, o Flamengo tentou a liminar em primeira instância. Não conseguiu. Aí, levou o caso já para a segunda instância. A desembargadora Lúcia Helena do Passo acatou a demanda na quarta-feira. O processo corre em segredo de Justiça. O dinheiro referente à audiência seria distribuído em quatro parcelas. Nesta quinta, seria depositada a segunda do ano. O Flamengo receberia R$ 17,4 milhões. São Paulo e Palmeiras seriam os outros clubes logo atrás do Fla no ranking de dinheiro Se a revisão da divisão do percentual fosse aceita, o clube carioca ganharia R$ 1,3 milhão a mais. Isso foi ponderado pelo juiz que negou a primeira liminar, segundo o apurou. O Flamengo força uma discussão judicial agora para tentar depois levar a questão para uma câmara de arbitragem. Os clubes da Libra olham com crítica para essa medida do Fla porque ela afeta o Vitória, que está na zona de rebaixamento. Se o clube cair para a Série B, o contrato com a Globo para 2026 terá uma redução significativa. Aí, o Flamengo e os demais perderão dinheiro. O Vitória já até definiu que sairá da Libra em 2030. De todo modo, não há movimentos de retirada do Flamengo do bloco. O entendimento é que não é interessante para nenhum dos envolvidos. A Libra foi surpreendida com a liminar na Justiça do Rio, a favor do Flamengo, que travou pagamentos de uma parcela dos direitos de TV do Brasileirão que seria distribuída pelos clubes que fazem parte do bloco. Dirigentes entendem que o movimento é uma tentativa do Flamengo de sufocar os membros do próprio bloco para mudança nos critérios de distribuição da verba referente à audiência, que representa 30% do total do contrato com a Globo. O Flamengo, por sua vez, entende que a disputa na Justiça foi o caminho viável para resolver um debate que dura cerca de dez meses. A Libra tenta reverter a decisão na Justiça. Enquanto isso, outros clubes evitam se manifestar publicamente, apesar de terem votado contra a mudança após debates internos do bloco. "A Libra sempre se dedicou a atender aos interesses dos associados, incluindo questionamentos do Flamengo em relação ao modelo vigente. Mesmo se tratando de um tema debatido exaustivamente no passado, o assunto voltou à pauta e foi submetido à vontade democrática de todos os membros, que votaram pela manutenção do formato atual. A instituição não poupará esforços para defender na justiça a legitimidade das decisões coletivas e o dos contratos", informou a liga, em nota divulgada na manhã de hoje.