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Análise dos Times

Ldu

Principal

Motivo: O artigo exalta a performance da LDU, contrastando com a atuação do Botafogo e destacando Tiago Nunes como protagonista.

Viés da Menção (Score: 0.8)

Motivo: O Botafogo é retratado como um time que foi 'massacrado' e 'dançou', com sua eliminação sendo um ponto central da crítica ao treinador.

Viés da Menção (Score: -0.7)

Motivo: Mencionado apenas como o próximo adversário da LDU, sem juízo de valor sobre sua performance futura.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Palavras-Chave

Entidades Principais

sao paulo ldu corinthians botafogo gremio athletico-pr crespo tiago nunes copa libertadores da america

Conteúdo Original

Tiago Nunes é o técnico da LDU, que massacrou o Botafogo em Quito, venceu por 2 a 0, reverteu a derrota mínima sofrida no Rio e está nas quartas de final da Copa Libertadores da América. Sim, o campeão caiu. E caiu bem caído. É verdade que o Botafogo pressionou nos 15 minutos finais, jogando com um a mais. Poderia ter feito um gol e levado para pênaltis. Mas teria sido um resultado pouco condizente com o que foi a partida ao longo de quase 80 minutos. E a eliminatória é uma verdadeira reivindicação de Tiago Nunes. Um técnico que que começou a carreira com só 30 anos de idade, subiu degraus e explodiu ao subir para o posto de técnico principal do Athlético-PR e colecionar títulos da Sul-Americana (2018) e da Copa do Brasil (2019). A partir daí, ganhou chances em clubes enormes do futebol brasileiro. Foi mal no Corinthians, foi mal no Grêmio e foi mal no Botafogo. Ficou só 10 meses no Corinthians (tempos de pandemia e estádios vazios), durou 2 meses no Grêmio e 3 no Botafogo. Pegou sempre roubadas e simplesmente não lhe foi dado tempo algum para ajustar, corrigir, mostrar trabalho. Tiago Nunes, ao contrário dos outros treinadores brasileiros, investiu em conhecimento (de idioma, inclusive) e foi se aventurar no futebol do continente. Ontem, pensando na história da América do Sul, me toquei que, nas escolas, simplesmente não aprendemos sobre nosso continente. Não sabemos quase nada. Não falamos castellano, não ensinamos o idioma que nos rodeia. Pior: não nos importamos. O Brasil prefere olhar para a praia e virar as costas para os vizinhos. Mas Tiago Nunes foi desbravar a América. Passou pelo Sporting Cristal, pela Universidad Católica e agora está na LDU, clubes grandes do Peru, do Chile e do Equador, respectivamente. Clubes e campeonatos que ignoramos, a não ser quando algum dos nossos enfrenta um deles na Libertadores ou na Sul-Americana. Pois o Botafogo enfrentou um deles. E dançou. Como já havia dançado o São Paulo em uma Sul-Americana recente, o Fluminense em uma final de Libertadores longínqua, e tantos outros. Com a chegada de estrangeiros no futebol brasileiro, por que nossos treinadores não partem para o continente? Falta idioma? Falta coragem? Falta salário? O fato é que Tiago Nunes, demitido do Botafogo no ano passado, sem ter tido a chance de comandar caras como Almada e Luis Henrique, consegue a vingança. E mostra que o ruim não é ele. Ruim são os dirigentes do nosso futebol, que trabalham como amadores na maior parte das vezes. Não será moleza para o São Paulo, de Crespo, passar pela LDU, de Tiago Nunes. A vantagem tricolor é poder jogar a primeira na altitude e decidir a vida no Morumbi.