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Esporte Futebol 'Prometer um caminho à Europa': Textor e o segredo dos olheiros do Botafogo Pedro Lopes Do UOL, em São Paulo 17/10/2025 05h30 Deixe seu comentário 0:00 / 0:00 Carregando player de áudio Ler resumo da notícia O futebol ainda passa longe de ser um dos esportes mais populares nos Estados Unidos, mas se engana quem pensa que o papel de John Textor no comando do Botafogo é limitado a cuidar da gestão e do dinheiro. "Às vezes eu tenho que recrutar o jogador. Às vezes eu nem escolho o jogador, mas importa quando o dono liga para a família, ou importa que eu tenha voado para a Espanha e me sentado na cozinha da casa do Luiz Henrique, como os torcedores noticiaram, importa que eu conheça a noiva do Thiago Almada. Sabe, essas coisas são importantes, e as pessoas esquecem disso no futebol. Muitos donos esqueceram disso", diz Textor. O perfil do americano, publicado no domingo em UOL Prime , mostra que ele se envolve profundamente na escolha e contratação de jogadores para o Alvinegro. Em entrevista ao UOL , ele conta como montou o departamento de observação de atletas no Botafogo e qual é o seu papel no clube. Juca Kfouri As bolas dentro e fora de Bap na entrevista ao UOL José Paulo Kupfer Economia dá suspiro, mas a tendência é perder ritmo TixaNews Gilmar x Fux armam uma treta Suprema PVC Palmeiras encantador é resposta a críticos de Abel "Eu ouvia os nomes de algumas pessoas, e então o Doug Friedman, diretor esportivo do Crystal Palace, me incentivou muito a falar com eles, foi assim que o relacionamento se desenvolveu", diz Textor, referindo-se às contratações do head scout (olheiro-chefe) Alessandro Brito e do ex-diretor de futebol André Mazzuco, que já deixou o clube. Os três foram responsáveis pela estruturação do departamento de observação e recrutamento no Botafogo. "Alguém como o Brito vai observar um jogador e nota o bom primeiro toque, vê que o corpo dele está aberto, percebe que ele é tecnicamente bom ao girar, levanta a cabeça, vê os alvos, sabe onde está em campo. Já eu vejo isso como componentes de tempo. Me importa que ele receba, gire e distribua a bola em menos tempo que qualquer outro, com grande certeza estatística na conclusão da jogada e no resultado", explica Textor. "Então, talvez ele veja com os olhos e eu vejo com a matemática, e esses dois mundos se juntam — e o mestre do tempo costuma ser o melhor meio-campista", projeta o americano. Textor criou uma rede de avaliações que reunia olheiros de todos os clubes nos quais ele estava envolvido: Lyon, o RWDM, da Bélgica, o Florida, dos EUA, e o Crystal Palace, da Inglaterra, que já não faz mais parte da sua rede. "Ele pode ser bom no Brasil, mas será que seria bom na França? Ele pode ser bom no Brasil, mas será que seria bom na Inglaterra? Bom, se o cara no Brasil gosta dele, e o cara na França gosta dele, e o cara na Inglaterra gosta dele, e o cara na Bélgica gosta dele, não tem como todos os quatro estarem errados", conta. Continua após a publicidade Esse é um dos motivos pelos quais Textor não abre mão da estrutura que criou em sua empresa, a Eagle. Acessar a rede de olheiros é uma das razões que ele aponta para as vantagens de ter uma rede de clubes de vários países sob seu guarda-chuva. Existe uma segunda razão: "Olha, meu objetivo é que a Eagle continue unida em seu ecossistema atual, porque essa relação entre vários clubes funcionou muito bem para o Botafogo. Queremos conquistar um campeonato sendo capazes de prometer um caminho para a Europa a jogadores como Thiago (Almada) e Lucas Perri, Luiz Henrique e Adryelson. Por isso, eu gosto do ecossistema da Eagle". Comunicar erro Deixe seu comentário Veja também Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL. UOL Flash Acesse o UOL Flash As mais lidas agora Daniela Lima relata ameaça em restaurante no Uruguai: 'Sua paz vai acabar' Mankeeping: o trabalho invisível que está esgotando as mulheres São Paulo regrediu com Crespo? Comentaristas divergem Dono de postos, deputado alvo da PF enriqueceu com verba de prefeituras Só 30 médicos no país aderem a norma do CFM e revelam vínculo com indústria