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O Flamengo recontratou Michael no segundo semestre do ano passado, quando os pontas Everton Cebolinha e Luiz Araújo sofreram sérias lesões. O primeiro teve ruptura do tendão de Aquiles do tornozelo esquerdo na partida contra o Palmeiras. O segundo sofreu fratura da cartilagem no joelho direito diante do Vasco da Gama. Gonzalo Plata foi outro reforço urgente para o setor ofensivo. E vingou. Trata-se, hoje, de um dos favoritos do técnico Filipe Luís, que costumeiramente o elogia. Mas o pequeno ponta que surgiu com destaque no Goiás em 2019 não tem sido aproveitado. Recuperado de contusão, nem no banco fica em alguns cotejos. Michael reapareceu na lista de relacionados domingo, diante o Grêmio, mas permaneceu no banco. Em outras pelejas nem na reserva fica. Há meses o Flamengo deseja negociá-lo, mas ele rechaçou proposta para voltar, por empréstimo, ao Oriente Médio, onde esteve defendendo o Al-Hilal, da Arábia Saudita, entre as duas passagens pelo clube carioca. Qual a dificuldade para negociá-lo? Seu custo mensal. Michael está entre os mais bem pagos atletas do elenco rubro-negro, o que se explica. Quando o jogador conclui contrato e fica livre, negocia com o outro empregador e, habitualmente, cobra do novo contratante parte do que seria pago por uma agremiação a outra no ato da transferência. Esse valor, em geral, é diluído na remuneração mensal, ou seja, salários mais algo que pode ser chamado de "luvas", bônus, o que for. Algo que turbina as cifras e torna o custo elevado. Mais um exemplo claro do quão falaciosa é a história do atleta sem contrato e que chega "de graça". Na verdade, esse é o chamado barato que pode sair caro.