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É verdade: a seleção chilena vive um dos piores momentos de sua história. Tanto que faz, até aqui, a sua pior campanha de todas nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Mas isso não diminui o que vimos ontem no Maracanã. O Brasil dominou o Chile de ponta a ponta. O placar em 3 a 0, se formos justos, saiu até barato diante do volume de jogo, da organização e das tramas ofensivas criadas. Faltou pontaria, claro, mas sobraram intensidade e boas ideias. E o recado foi dado. Ainda não é definitivo, mas já soa alto e claro: existe vida na seleção brasileira sem Neymar. O setor ofensivo mostrou opções tanto entre os titulares como nas entradas de Luiz Henrique e Paquetá, que deram nova dinâmica ao time. E se antes faltava uma estrela para carregar a equipe, hoje parece que esse papel está nas mãos de quem não calça chuteiras, mas veste terno. Carlo Ancelotti, com seu português arranhado mas cada vez mais convincente, é quem vem assumindo o posto de protagonista. Agora, vem aí a Bolívia em El Alto, no sempre temido "Espaço Sideral" da altitude. Mas uma coisa já está clara: depois de muito tempo, a camisa verde e amarela deixou de ser vista como café com leite. Os rivais voltaram a respeitar (e até a temer) a seleção.