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Análise dos Times

Corinthians

Principal

Motivo: O autor relembra de forma pessoal e positiva sua passagem pelo clube, destacando momentos e companheiros de equipe.

Viés da Menção (Score: 0.6)

Motivo: Mencionado apenas como adversário em uma partida, sem viés positivo ou negativo explícito.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Palavras-Chave

Entidades Principais

flamengo corinthians socrates paulinho zenon casagrande paulo soares democracia corinthiana antero greco

Conteúdo Original

Uma segunda-feira das mais tristes dos últimos tempos, que começou a ser difícil para mim já no começo da madrugada do domingo. Depois de Corinthians 1 x 2 Flamengo, fiz o Fim de Papo no UOL e fui me preparar para dormir, quando recebi uma mensagem assim: "Casa, que tristeza! Acabei de receber uma mensagem dizendo que o Paulinho faleceu. Estou abalado." Paulinho foi o volante do time da Democracia Corinthiana, o camisa 5 que marcava, desarmava e dava suporte para os gênios Sócrates e Zenon desequilibrarem a partida. Mas não era só um marcador simples, porque tinha um ótimo passe, técnica, e se projetava muito bem ao ataque, quebrando a defesa adversária. Me dei muito bem com o Paulinho, porque ele era muito divertido, gostava de colocar apelidos nos outros, assim como eu, além de tocar violão como poucos e ser apaixonado por música. Me lembro do primeiro jogo em que fui relacionado depois que voltei da Caldense e assinei o contrato, que foi lá em Salvador, contra a Catuense. Depois do jogo, domingo à noite, ficamos na piscina do hotel e o Paulinho pegou seu violão e começou a tocar. Eu me aproximei dele porque a única pessoa que conhecia bem era o zagueiro Vagner, porque havíamos jogado juntos no juvenil. E o Paulinho, com seu violão, me facilitou fazer amizade com os outros jogadores. Ele era pernambucano, tinha vindo do Náutico, e suas músicas preferidas eram dos grandes compositores e intérpretes da música do Nordeste dos anos 70/80, pelos quais sou apaixonado. Então, ele tocava e eu cantava Belchior, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Moraes Moreira, Ednardo e tantos outros, e, obviamente, Caetano e Gil. Me entristece muito pela sua partida, por ser um cara legal, talentoso, jovem, com só 68 anos, e bicampeão paulista junto comigo em 1982/83. Beijo, Paulinho, você é um cara legal! Quando acordei pela manhã dessa segunda-feira (29), liguei o celular para ver as notícias e fui bombardeado com uma notícia tristíssima: a morte do Amigão Paulo Soares. Comecei na ESPN logo no início do canal e fiz vários jogos com ele, o que me ajudou muito pela sua espontaneidade e pelo seu jeito divertido, que me fez ficar tranquilo, confiante e ser eu mesmo, assim como ele era, em qualquer lugar. É isso, Paulo Soares era verdadeiro e não um personagem criado para a TV. Tudo o que vocês viram no Sportcenter na ESPN, junto com seu companheiro incrível Antero Greco, era de verdade, porque eles eram daquele jeito divertido mesmo. Simpático, um supernarrador e apresentador, mas é muito importante dizer que ele tinha um caráter impecável. Sempre sorrindo e brincando, fazendo você ficar à vontade e relaxado. Um beijo enorme para você, Amigão, e me faz um favor: mande um beijo tão grande como o que te mandei para o Antero, que foi meu diretor no Estadão e meu companheiro de comentários no início da ESPN. Meus sentimentos aos familiares do meu amigo campeão Paulinho e para os do Paulo Soares, nosso Amigão.