adversario confianca flamengo gol jogo mental superior time torcedor

flamengo vasco estudiantes botafogo jorginho saul

A história se repete: O Flamengo pressiona de forma avassaladora. Toca verticalmente, vai à linha de fundo, mete bola na trave, obriga o goleiro adversário a se consagrar, faz finalmente o gol, segue pressionando a saída de bola, deixa o torcedor e a torcedora em êxtase, confirma que futebol pode ser arte, ameaça golear. E então, conforme a bola não entra mais uma vez, o o rival se reencontra em campo, o Flamengo perde confiança, recua e leva um gol. Esse Flamengo é absurdamente bom e uma delícia de se ver jogar. Mas tem no roteiro do jogo um ponto de inflexão que precisaria ser tratado a fim de que ele cumpra o seu destino. Qual o destino? Eu acho que seria papar Brasileirão e Libertadores e repetir o Botafogo de 2024. Mas talvez nem a torcida confie tanto assim - e não faz sentido desconfiar de um time como esse. O que acontece para o Flamengo desconfiar de si mesmo? Por que depois do primeiro gol a bola não continua entrando? Será que o time sabe que é muito superior aos demais e, por isso, fica incapaz de reagir quando o rival se impõe? Contra o Vasco o padrão foi bastante fácil de ser visto. O Flamengo fez um a zero e foi para cima. Queria mais. E mais não veio. O que se seguiu foi um Vasco valente que poderia até ter ganho a partida. O empate foi justo pela diferença técnica entre os elencos e pela diferença de concentração entre os times. No final, a torcida rubro-negra vaiou. O que considero uma maluquice. O time, mesmo desorganizado nos quinze minutos final, tentou, correu, lutou. Mas não marcou. Onde o Flamengo faz a curva para a perda de confiança? Contra o Estudiantes, no Maracanã, o roteiro foi diferente por causa da inacreditável expulsão que prejudicou o time. O normal seria o Flamengo ganhar com tranquilidade no jogo da volta. Mas jogador não é robô e tem alguma coisa pegando no mental do time. Jorginho faz muita falta, verdade. Ele e Saul compõem a melhor dupla de volantes da América. Mas, mesmo sem Jorginho, o time é uma seleção. Seria importante perceber o que está abalando emocionalmente esse esquadrão. Isso resolvido, todas as taças estão ao alcance.