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Análise dos Times

Brasil

Principal

Motivo: O texto descreve a campanha do Brasil nas eliminatórias de forma extremamente crítica, utilizando termos como 'vergonha', 'humilhados', 'mal jogada', 'vexame histórico'.

Viés da Menção (Score: -0.9)

Motivo: A Argentina é retratada como superior e dominante na partida contra o Brasil, com termos como 'atropelaram', 'dar um baile', 'humilhar'.

Viés da Menção (Score: 0.7)

Motivo: O Uruguai é retratado como um time que o Brasil não venceu nessas eliminatórias, com jogos empatados e uma derrota, mas sem o mesmo tom de crítica severa.

Viés da Menção (Score: 0.1)

Motivo: Os jogos contra a Colômbia são descritos com mais neutralidade, focando nos resultados e na dificuldade. A derrota foi mencionada, mas não com a mesma carga negativa.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Motivo: A Venezuela é mencionada por ter conquistado pontos inéditos contra o Brasil, mas a descrição do jogo em si não carrega um forte viés negativo.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Motivo: A Bolívia é apresentada como um adversário que ainda luta pela repescagem e a dificuldade da altitude é destacada, sem um viés claro a favor ou contra.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Motivo: O Paraguai é chamado de 'péssimo' em um contexto onde o Brasil finalmente venceu, mas o texto foca mais na superação do Brasil do que em uma crítica ao Paraguai.

Viés da Menção (Score: -0.2)

Motivo: O Chile é descrito como 'péssimo' e o Brasil o 'amassou', indicando um viés negativo para o time chileno dentro da narrativa.

Viés da Menção (Score: -0.2)

Motivo: O Peru é chamado de 'fraco' em um contexto de goleada, indicando um viés negativo para o time peruano.

Viés da Menção (Score: -0.2)

Palavras-Chave

Entidades Principais

dorival junior neymar fernando diniz raphinha vinicius junior copa do mundo messi brasil paraguai cbf argentina carlo ancelotti colombia venezuela eliminatorias uruguai bolivia chile peru

Conteúdo Original

Chegamos à véspera da última partida de uma Eliminatória para a Copa do Mundo tumultuada, muito mal jogada, com três treinadores diferentes e até com risco de ficar fora de uma Copa pela primeira vez. Começamos a disputa com Fernando Diniz no comando de uma seleção sem brilho, sem identificação nenhuma com o torcedor, com convocações de "amiguinhos", sem levar em conta quem estava melhor no momento. Ganhamos a primeira partida da Bolívia por 5 a 1 (7/9/23) e, na sequência da primeira rodada, vencemos o Peru em Lima (12/9/23) por 1 a 0, e muitos já saíram falando que tínhamos uma equipe brilhante e com um gênio como treinador. Não estou inventando nada e existe a internet para mostrar a veracidade do que estou falando. É só não ter preguiça de pesquisar. Porém, essa precoce empolgação durou muito pouco, porque já na segunda rodada a ficha começou a cair e os problemas na relação com o torcedor surgiram de uma forma bem clara. O Brasil empatou em casa por 1 a 1 (12/10/23), numa partida patética com a Venezuela na Arena Pantanal, em Cuiabá. A seleção saiu vaiada pelo estádio todo pelo fraco futebol apresentado e também teve a primeira incompatibilidade da torcida com os jogadores, principalmente com Neymar, quando um torcedor jogou um saquinho de pipoca em sua cabeça na saída do campo. Esse empate foi o início do primeiro vexame, porque na partida seguinte fomos a Montevidéu e perdemos para o Uruguai (17/10/23) por 2 a 0. Foi nesse jogo que os problemas para Neymar começaram, porque ele rompeu os ligamentos do joelho, e ao mesmo tempo o trabalho do Fernando Diniz também começou a ser contestado. Ainda em 2023, veio a terceira rodada e tomamos duas pancadas: uma na Colômbia por 2 a 1 (16/11/23) e, em pleno Maracanã, sofremos a primeira derrota em casa na história das Eliminatórias para a Copa, justamente para os nossos maiores rivais. No dia 21/11, Messi e cia. fizeram Argentina 1 a 0, com gol de Otamendi, e batemos um recorde negativo que não acontecia há décadas: o Brasil perder três partidas consecutivas. O ano de 2023 terminou com a seleção brasileira perdendo mais partidas do que ganhou, o que também foi uma marca supernegativa que não acontecia há "milhares" de anos. Aí chegou 2024, a CBF demitiu Fernando Diniz e trouxe o treinador daquele momento, Dorival Júnior, que havia vencido a Copa do Brasil em 2022 com o Flamengo e em 2023 com o São Paulo. Porém, Dorival fez o mesmo do mesmo nas Eliminatórias e foi se perdendo, principalmente nas entrevistas completamente fora da realidade. Mas venceu seu primeiro jogo oficial. No Couto Pereira, em Curitiba, jogando muito mal, o Brasil venceu o Equador por 1 a 0 (6/9/24) e rompeu a sequência de derrotas. Porém, na segunda partida dessa rodada, em 10/9/24, fomos derrotados por 1 a 0 em Assunção pelo Paraguai, e poderia ter sido mais. Nas coletivas, Dorival Júnior começou a demonstrar muita fragilidade e incoerência nas falas em relação à realidade e nenhuma evolução no trabalho. Nesse momento, o Brasil estava com a corda no pescoço, e os debates nas mesas-redondas e nos bares giravam em torno do risco real da seleção disputar a repescagem para ir à Copa, o que seria vergonhoso, até porque o regulamento mudou e aumentou uma vaga direta. Mas a seleção voltou a respirar no início do "segundo turno" das Eliminatórias, quando vencemos o péssimo Chile em Santiago (10/10/24) por 2 a 1 e, na sequência, goleamos o também fraco Peru (15/10/24) por 4 a 0 em Brasília, no Estádio BRB Mané Garrincha. Duas vitórias consecutivas tiraram a gente do sufoco, mas teríamos pela frente os grandes confrontos e tudo poderia ruir novamente. Voltamos a respirar sem aparelhos. Aí passamos para novembro de 2024 e, no dia 14, véspera do feriado da República, empatamos novamente com a Venezuela, no Monumental de Maturín, por 1 a 1. O que também ficou para a história negativa foi o fato de ter sido a primeira Eliminatória em que o Brasil não venceu nenhuma vez a Venezuela, permitindo que eles conquistassem pontos em cima da nossa seleção. Voltamos da Venezuela e fomos para a linda Salvador, na Arena Fonte Nova, enfrentar o perigoso time uruguaio no dia 19/11/24. Também não vencemos o Uruguai nessas Eliminatórias, porque empatamos por 1 a 1, jogando mal como sempre. Mas o pior ainda estava por vir. Entramos em 2025 para a reta final de classificação à Copa de 2026 e, logo em março, já tínhamos um confronto direto em casa contra a Colômbia, onde a vitória seria imprescindível. Lá em Brasília (20/03/25), vencemos novamente os colombianos por 2 a 1, no sufoco, com um gol nos acréscimos de Vinícius Júnior. Mas a luz amarela estava acesa, porque o próximo jogo seria em Buenos Aires. Entre um jogo e outro, Raphinha deu uma entrevista ao Romário, onde foi induzido a dizer o seguinte: "Raphinha, porrada neles?", perguntou Romário. E o Raphinha, infantilmente, mordeu a isca e respondeu: "Porrada neles, dentro de campo e se precisar fora também." Bom, era o que faltava, caso faltasse algo, para os argentinos entrarem em campo loucos para amassar a gente. Sem Messi, eles nos atropelaram e ainda o falador Raphinha tomou tapa na cabeça, mão no rosto e obviamente ficou quietinho, inerte e assustado como todo o time. Foi um vexame histórico no dia 25/03/25, porque no Monumental de Nuñez, totalmente lotado, deram um baile na seleção brasileira, fazendo 4 a 1, fora o "Olé, Olé, Olé" que a torcida argentina cantou o jogo todo. Foi vergonhoso o modo da derrota, porque eles poderiam ter feito 5, 6 ou 7 gols, mas preferiram nos humilhar. Depois disso, a casa caiu geral, a vergonha bateu no teto e o mau futebol e a fragilidade da seleção brasileira ficaram insuportáveis. Caiu Dorival Júnior e todo mundo junto, inclusive o presidente Ednaldo Rodrigues. Ele fechou, finalmente, com Carlo Ancelotti antes de cair, e entrou um novo presidente, chamado Samir Xaud, que era totalmente desconhecido interinamente, mas que na sequência foi eleito como candidato único. Ancelotti assumiu, convocou pela primeira vez com ajuda, mas o ambiente mudou por completo, porque a expectativa voltou a ser positiva. Afinal de contas, chegou um dos melhores e mais vencedores treinadores da história do futebol. Estreou num empate por 0 a 0 contra o Equador (5/06/25), no Estádio Isidro Romero Carbo, na altitude de Quito, e a seleção já mostrou organização tática e personalidade, mesmo vindo do banco com seu novo treinador. Em seguida, fazendo uma boa partida, veio a vitória por 1 a 0 contra um bom Paraguai (10/06/25), na Neo Química Arena, e já animou um pouco mais. Até chegarmos agora, em agosto de 2025, para fazermos as duas últimas partidas das Eliminatórias. Com mais conhecimento, já habituado e com conceitos definidos em sua cabeça, Carlo Ancelotti fez a sua primeira convocação com real domínio do ambiente e dos jogadores que poderia ter em mãos. Deixou claro que quem não estiver 100% fisicamente dificilmente terá chances de ir para a seleção. Carlo Ancelotti pediu para o jogo contra o Chile (4/09/25) ser no Maracanã, para realizar um sonho pessoal, mas também para iniciar o processo direto de reaproximação da torcida com a seleção, que já está em andamento graças à sua chegada. Vencemos por 3 a 0 numa ótima partida, amassando o Chile como se fosse ataque contra defesa. Não fez nada além da sua obrigação? Verdade. Mas antes nem isso fazíamos, ou já esqueceram do empate com a Venezuela, que pela primeira vez conquistou ponto contra o Brasil em Eliminatórias? E agora, nesta terça-feira (9/09/25), enfrentaremos, na última rodada, uma Bolívia que ainda luta pela repescagem. Será a primeira vez que jogaremos em El Alto, com 4.150 metros acima do nível do mar. Ou seja, uma altitude enorme, maior que La Paz, em que já era complicado jogar. A Bolívia está tentando de tudo para vencer o Brasil e voltar a disputar uma Copa do Mundo depois de 1994, quando foi a seleção que venceu a brasileira pela primeira vez em Eliminatórias. Em 25 de julho de 1993, no Estádio Hernando Siles, em La Paz, a Bolívia venceu por 2 a 0. A Bolívia foi para a Copa de 1994, e o Brasil foi tetracampeão mundial naquele torneio. Caso aconteça uma derrota nesta terça-feira, não causará dano algum no processo iniciado por Carlo Ancelotti, porque os objetivos são outros e seu trabalho apenas começou. Mas uma vitória nessa altitude terá um resultado emocional e de confiança gigantesco para o seu trabalho. Bom, esse foi o mapeamento da nossa participação nessas Eliminatórias. Fomos goleados pelos rivais levando "olé", perdemos três jogos seguidos, não vencemos a Venezuela e ainda foi a primeira vez que eles ganharam pontos da seleção brasileira. Tivemos três treinadores na competição, caiu presidente da CBF e sentimos na pele, pela primeira vez, a possibilidade de ficarmos de fora ou de disputarmos a repescagem. Foi a pior performance da seleção nas Eliminatórias. Alguns vão citar que em 2002 precisamos vencer a Venezuela na última rodada para classificação, mas naquela época o Felipão tinha de onde tirar, porque o número de jogadores talentosos era enorme. A seleção se complicou pela desorganização da CBF, que também demitiu vários treinadores, só que naquela época tínhamos time. Enfim, o mapa é esse!