Conteúdo Original
Choro de Neymar, o abraço de Fernando Diniz, palavras do técnico ao pé do ouvido do jogador e pronto. Lá estava a imagem que fechou a tarde de Santos 0 x 6 Vasco da Gama. Nada de festa dos jogadores vascaínos, as atenções estavam voltadas para o derrotado. Mas houve um vencedor, que não ganhava uma partida há cinco jogos. Uma equipe que começou a rodada na zona do rebaixamento e que não alimentava expectativas positivas antes de a bola rolar no Morumbis com mais de 54 mil torcedores. O Vasco viveu um domingo como há anos não vivia. Venceu, goleou e jogou bem, o tempo todo, antes mesmo do primeiro gol já demonstrava maior organização. E quando chegou ao ataque, o fez de maneira perigosa, abrindo o placar. Sem Vegetti, suspenso, Fernando Diniz organizou um ataque mais móvel, explorando, muito bem, a versatilidade de Nuno Moreira, circulando no setor que tinha Rayan e David, com a aproximação de um inspirado Philippe Coutinho. O Vasco teve 59% de posse de bola e não concedeu grandes oportunidades ao Santos. Finalizou o dobro de vezes (17 a 4, sendo 9 no alvo). E foi capaz de perceber o momento de maior instabilidade do adversário para golear. Dos 25 tentos que os vascaínos somam neste campeonato brasileiro, oito foram em cima dos santistas (no turno, vitória por 2 a 1), praticamente um terço deles. Um jogo atípico? Sim. Mas uma vitória histórica que não pode ser ofuscada pelo choro do perdedor.