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Análise dos Times

Al-Hilal

Principal

Motivo: O artigo critica a gestão do Al-Hilal em relação a Marcos Leonardo, retratando o clube como descartável e prejudicial à carreira do jogador.

Viés da Menção (Score: -0.7)

Arabia Saudita

Principal

Motivo: O texto associa a ida para o futebol saudita a um 'assassinato da própria carreira', destacando a falta de planejamento e o tratamento 'descartável' dos jogadores.

Viés da Menção (Score: -0.8)

Motivo: O jogador é visto como vítima de uma situação negativa, com potencial desperdiçado pela escolha equivocada de ir para a Arábia Saudita.

Viés da Menção (Score: 0.5)

Palavras-Chave

Entidades Principais

São Paulo Santos Liverpool Al-Hilal Arabia Saudita Marcos Leonardo Malcom Darwin Núñez Neom João Cancelo Rúben Neves

Conteúdo Original

Em qualquer mercado um pouco mais normal, um jogador que terminasse o Mundial de Clubes como artilheiro teria uma imediata valorização interna: talvez recebesse um aumento acompanhado de uma extensão de contrato, ou então seria negociado com uma equipe mais forte e poderosa. Marcos Leonardo acreditou que esse seria o enredo da sua temporada 2025/26, após marcar 29 gols em um ano (quatro deles, só no novo torneio da Fifa). O otimismo era tanto que dava para vislumbrar uma chance na seleção brasileira e, quem sabe, até uma Copa do Mundo. Só que quando o atacante despertou desse sonho, o Al-Hilal já havia contratado uma nova estrela para a posição, tirado seu nome da lista de inscritos do Campeonato Saudita e o transportado para uma espécie de "férias remuneradas". A opção que sobrou a Marcos Leonardo, após as seguidas recusas árabes em liberá-lo para o São Paulo, é aceitar o rebaixamento moral de ser emprestado para um time que acabou de subir para a primeira divisão (Neom). Ou passar um semestre inteiro praticamente sem jogar e virar um profissional quase que em período sabático. Que a situação vivida pelo atacante revelado pelo Santos sirva como preciosa lição para que os próximos alvos do endinheirado futebol saudita não pensem só no dinheiro imediato e escapem de serem "desperdiçados" em um futuro próximo. Ainda que a Arábia pague salários muito acima dos praticados no restante do mundo (e isso vale até mesmo para a Europa), transferir-se para lá é algo como cometer assassinato da própria carreira. Pelo menos, para jogadores talentosos e de pouca idade. O conversou com vários empresários sobre o futebol saudita ao longo dos últimos anos. E ouviu de muito deles um incômodo com o fato de os clubes do Oriente Médio tratarem os jogadores como bens totalmente "descartáveis". Eles pagam muito dinheiro para os atletas que contratam. Mas, quando, por qualquer motivo, eles deixam de ser interessantes para os times, não há esforço nenhum para que a situação seja contornada ou resolvida. Como têm dinheiro de sobra e nenhum tipo de fair play financeiro que os obrigue a gastar com mais prudência (como acontece na elite europeia), eles simplesmente trocam essa "peça" por outra, e vida que segue. Marcos Leonardo foi descartado pelo Al-Hilal porque completou 22 anos e já não pode mais se beneficiar das duas vagas extras para jogadores estrangeiros sub-21 concedidas a cada clube pelo regulamento da primeira divisão saudita. Com a nova idade, o atacante teria de concorrer com Malcom, João Cancelo, Rúben Neves e cia. pelas oito inscrições de atletas não locais permitidas na liga nacional. Mas, mesmo com a artilharia do Mundial, o clube concluiu que ele não serviria para tanto. No lugar de prestigiar Marcos Leonardo, o Al-Hilal preferiu contratar mais um medalhão para ser o seu novo centroavante titular, o uruguaio Darwin Núñez. Embora ele não tenha conseguido se firmar no Liverpool, trata-se de um jogador com pedigree de Premier League, conhecido no mundo inteiro e que ajuda a aumentar a percepção de que "as estrelas estão todas indo para a Arábia" que o governo local tenta vender à comunidade internacional do futebol.