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O Brasil encerrou sua participação nas Eliminatórias da Copa de 2026 com derrota por 1 a 0 para a Bolívia, em El Alto. O único gol da partida foi marcado por Miguelito, de pênalti, ainda no primeiro tempo. O resultado, além de histórico para os bolivianos, que garantiram vaga na repescagem graças à derrota da Venezuela para a Colômbia, deixa uma impressão negativa para a seleção. É inegável que os 4.100 metros de altitude pesaram contra os comandados de Carlo Ancelotti. O time mostrou dificuldades para manter a posse de bola e criar jogadas consistentes, além de ter produzido muito pouco ofensivamente. Ao mesmo tempo, a impressão é de que a equipe se escorou em excesso nessa explicação, deixando de apresentar soluções para minimizar os efeitos da condição adversa. Apesar do tropeço, a derrota não apaga o trabalho desenvolvido até aqui por Ancelotti. O técnico italiano conseguiu reorganizar o sistema defensivo, testou jovens valores e começou a dar forma a um grupo que busca renovação. Os avanços existem e não podem ser ignorados por conta de um revés em circunstâncias tão específicas. O ponto central, no entanto, é simbólico. O Brasil terminou a competição em 5º lugar, classificado diretamente sob as novas regras, mas que, nos moldes anteriores, teria significado repescagem. Essa estatística reforça a necessidade de evolução: camisa pesada não garante mais tranquilidade nas Eliminatórias, e os adversários sul-americanos provaram novamente ser capazes de explorar as fragilidades da seleção. O saldo é claro: trabalho consistente, mas ainda em construção. O último jogo, entretanto, deixa uma lembrança amarga que serve de alerta para 2026.