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A grande notícia do novo calendário nacional do futebol brasileiro é que houve diálogo. A CBF de Samir Xaud não impôs ideias. Conversou. Não negociou a diminuição dos estaduais para onze datas. O Carioca será disputado em apenas dez. O Paulista pode chegar a treze, se começar mais cedo. Aqui fica claro que ainda não se chegará ao cenário ideal. Ou seja, não haverá trinta dias de férias entre a decisão da Copa do Brasil de 2025 e o início dos estaduais. Situação perfeita seria: trinta dias de férias e vinte de pré-temporada. A justificativa é que a Copa do Mundo será maior, com 48 seleções. Quase dois meses de parada do Brasileirão. Pecado: o Brasileiro começará nos meios de semana. Seguirá assim até o desfecho dos estaduais e, depois, será aos sábados e domingos. Há uma hipótese a ser negociada de a primeira rodada ser no domingo, com o início das finais dos estados numa quarta, mas a negociação indica diferença. O Brasileiro começará na quarta. A temporada nacional se iniciará com a Supercopa. Terminará com finalíssima da Copa do Brasil em jogo único, depois da última rodada do Brasileirão, disputado durante onze meses, entre fevereiro e dezembro — talvez desde a última semana de janeiro. Contraponto à diminuição dos estaduais, haverá valorização das Copas Verde e do Nordeste. Maneira de manter em atividade os clubes pelo ano todo. Isto representa empregos para roupeiros, massagistas, jogadores, técnicos, preparadores físicos, jornalistas, vendedoros ambulantes. Em maior ou menor escala, dependendo da importância dos jogos. O futebol também é setor da economia. Emprega muita gente, há famílias que dependem dessa renda. O calendário vai melhorar. Não vai ser perfeito.