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Renato Gaucho foi um vendaval. A história que ele escreveu nessa passagem pelo Fluminense teve de tudo, menos tédio. Altos e baixos, êxtases e tristezas. Na noite de terça feira, eliminado da Sulamericana pelo Lanus e vaiado por quarenta mil pessoas, ele avisou na coletiva pós jogo que estava fora. E citou os comentaristas de internet, sugerindo que as redes sociais acabaram com o futebol. Bem, de fato os tempos são outros. As redes sociais atuam de forma barulhenta, mas é o mundo hoje. O torcedor e a torcedora se manifestam, opinam, xingam. A torcida sempre fez isso, mas agora existem canais que amplificam as vozes. O treinador que se importar com redes sociais não vai mesmo conseguir trabalhar. A demissão teve cara de improviso. Diretoria e elenco não esperavam. Renato, na coletiva, deixou a impressão de que atuou por impulso, embora já tivesse dito a Mario Bittencourt no vestiário que gostaria de sair. Só que o anuncio, numa resposta sem paciência ao repórter, foi surpresa. Renato deixa o Fluminense vivo na Copa do Brasil e na parte de cima no Brasileirão. Fez um trabalho decente, mas cansou. O profissional que se importar com redes sociais vai ter mesmo dificuldade para trabalhar. As redes seguirão falando e xingando porque elas existem por causa das tretas. É assim que ganham dinheiro. E o futebol é campo vasto. Todos temos uma opinião e nada vai mudar esse cenário O elenco do Fluminense talvez estivesse igualmente cansado dos métodos de Renato e agora Bittencourt vai ter que correr para encontrar quem leve o Fluminense até dezembro. Marcão, o interino amado por todos, deve assumir até lá.