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Era necessário. Mas não há nada a comemorar. Cuca encerra mais uma passagem pelo Atlético e, mesmo que os números mostrem grandeza, o resultado recente escancara que nem sempre histórias de sucesso podem ser reeditadas com o mesmo brilho. Desta vez, não deu certo. O próprio Cuca admitiu há alguns dias que, desta vez, não sabia como fazer para o time reagir. Daí a necessidade de mudança. Foram quatro capítulos no Galo (2012/13, 2021, 2022 e 2025), que somados renderam 289 jogos, 156 vitórias, 66 empates e 67 derrotas, um aproveitamento de 61,5%. Mais do que estatísticas, ficam lembranças de conquistas que mudaram a história do clube. Afinal, foi sob seu comando que o Atlético viveu noites eternas, como a da Libertadores de 2013 e a retomada de títulos nacionais décadas depois. Nada disso, porém, pode servir de escudo para o presente. Cuca é vitorioso, o maior de todos os técnicos da história do Atlético, mas também é preciso reconhecer que ciclos têm começo, auge e fim. O clube agora precisa olhar para frente, sem soluções tampão, sem voltar ao passado em busca de atalhos. A despedida não apaga a história construída, mas abre espaço para que um novo projeto se consolide. Porque, no futebol, respeito à trajetória é fundamental, mas futuro se faz com novos caminhos. E por aí passa a necessidade de investimento e presença atuante da diretoria. O Galo precisa de uma identidade clara de jogo e de ação nos bastidores para formar novos grupos vencedores a cada remontagem que for necessária.