Conteúdo Original
As duas maiores potências do futebol europeu podem ter um caminho sofrido para a Copa do Mundo de 2026, a primeira da história com 48 seleções. Em momento de renovação de suas seleções, Itália e Alemanha já patinaram nas Eliminatórias e terão jogos cruciais pela frente. O objetivo: evitar novos resultados negativos, que poderiam empurrar ambas para uma indesejada repescagem (ou mesmo uma eliminação direta) rumo ao torneio de Estados Unidos, México e Canadá. A situação da Itália é a mais complicada. O ex-volante Gennaro Gattuso estreou como treinador nacional com um 5 a 0 sobre a Estônia, na sexta-feira, só que a Azzurra já perdeu para a Noruega, principal adversária na no Grupo I — levou 3 a 0. Na segunda-feira (8), às 15h45 (horário de Brasília), os italianos enfrentam Israel, em duelo crucial para o futuro das suas seleções. Os israelenses têm 9 pontos em quatro jogos, contra 6 pontos em três jogos da equipe tetracampeã mundial. A Noruega tem 12 pontos em 4 jogos. Um tropeço poderia deixar a Itália virtualmente fora da briga pela primeira posição, a única que dá uma vaga direta à Copa do Mundo. Restaria, assim, lutar um lugar na repescagem, como segunda colocada do grupo. Aí, Israel seria a principal adversária, e por isso o duelo de segunda-feira é tão importante. Estônia e Moldávia, que completam a chave, só devem tirar pontos de si mesmas. A Alemanha vive situação menos dramática, mas o duelo contra a Irlanda do Norte, neste domingo, às 15h45 (horário de Brasília), ganhou contornos dramáticos. Isso porque os alemães perderam na estreia contra a Eslováquia, por 2 a 0. O grupo tem apenas quatro seleções, por isso qualquer tropeço pode significar a perda de uma vaga direta. A seu favor, os alemães têm algo que os italianos não possuem: a garantia de uma vaga direta na repescagem, pelo ranking da Liga das Nações da Uefa. Espanha, Portugal e França também têm esse "seguro de vida" e disputarão uma vaga mesmo que fiquem fora das duas primeiras posições. Caso tropecem contra os norte-irlandeses e a Eslováquia confirme o favoritismo contra Luxemburgo, os alemães já não dependerão de si mesmos na briga por uma vaga direta na Copa do Mundo. O drama das duas gigantes europeias não chega a ser novidade. Nos últimos anos, a relação de italianos e alemães com a Copa do Mundo tem sido desastrosa. O caso da Itália é o mais emblemático: desde que foi campeã mundial pela quarta vez em 2006, a seleção azul caiu duas vezes na fase de grupos (2010 e 2014) e não se classificou para os mundiais de 2018 e 2022, perdendo na repescagem para Suécia e Macedônia do Norte. Um dado que mostra o desastre da seleção italiana em Copas recentemente: o último gol da equipe em um Mundial foi marcado por Mario Balotelli, em 14 de junho de 2014. Por Mario Balotelli. Já a Alemanha, embora tenha se classificado bem para as últimas Copas do Mundo, também vive seu calvário. Desde que bateu a Argentina no Maracanã para ser campeã pela quarta vez, nunca mais superou a fase de grupos de um Mundial. Em 2018, ficou pelo caminho após perder para México e Coreia do Sul; em 2022, foi derrotada pelo Japão.