Conteúdo Original
A goleada sofrida em 2023, no ano da queda, parecia um alerta suficiente para que o Santos se blindasse contra novos vexames. Dois anos depois, no entanto, o roteiro se repete: o time volta a oscilar de forma preocupante no Brasileirão, mesmo com a presença de Neymar como símbolo e referência. O 6 a 0 do Vasco entra para o hall das Top 3 piores goleadas que o Peixe já tomou no Brasileiro, incluindo a do Inter citada (7 a 1) e o mesmo placar diante do Corinthians, em 2005. O que se vê é uma verdadeira gangorra. Fora de casa, o Santos venceu o Cruzeiro por 2 a 1 em Belo Horizonte, resultado que deveria servir como combustível para embalar. Mas, na sequência, tropeçou de maneira vexatória diante do Vasco como mandante, reacendendo as dúvidas sobre a consistência do elenco. E aí mora outro ponto central: a montagem do grupo. O elenco segue desequilibrado em funções-chave, com carências claras que não foram supridas, enquanto posições recebem reforços desnecessários. O Santos está sempre contratando, mas nunca tem um time suficiente para se manter estável. Some-se a isso mais uma troca de treinador, reflexo direto dos erros de planejamento que vêm se acumulando nos últimos anos. O Santos precisa encontrar estabilidade. Não se trata apenas de Neymar ou de nomes de peso, mas de dar um norte claro para o time dentro e fora de campo. Caso contrário, o clube corre o risco de repetir capítulos amargos do passado recente, vivendo de lampejos em vez de construir uma trajetória sólida no Campeonato Brasileiro. Isso recai sobre a diretoria. É preciso saber para onde o clube está remando para chegar em algum lugar bom e estável.