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Análise dos Times

Atletico Mg

Principal

Motivo: O time é palco de um episódio grave de assédio moral e sexual contra a família de um jogador, servindo de exemplo para a discussão sobre a intransigência.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Motivo: Mencionado para ilustrar que crises e rebaixamentos não definem a história de um clube, contrastando com a gravidade do assédio.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Motivo: Citado apenas como o adversário no jogo que precedeu o incidente com a família de Éverson.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Palavras-Chave

Entidades Principais

internacional santos atletico mg arena mrv everton

Conteúdo Original

A declaração do goleiro Éverson, do Atlético-MG, de que sua família foi abordada depois do empate contra o Santos e que sua filha de 13 anos foi vítima de assédio moral e sexual retrata o nível de intransigência neste velho país do futebol. Uma criança de 13 anos! E mais, como disse Éverson, ainda que fosse uma mulher de 40, a família não tem nada a ver com a crise do time, e o respeito pelas pessoas deve estar acima de qualquer outro valor. Haverá aqui coisas que não se misturam, porque não houve nada mais grave do que o episódio do estacionamento da Arena MRV no fim de semana de futebol. E nada mais grave do que gente comemorando a morte de um influenciador político. Festejar a morte, à sua direita ou à sua esquerda, ameaça a existência do próprio ser humano. Lobos não matam dentro de sua própria matilha. O ser humano, sim. E, agora, comemora, ainda que de outra família. Em menor escala, mas igualmente grave, é a maneira como parte da imprensa, agora chamada de influencer, usa a palavra entretenimento como desculpa para a intransigência. Não nos esqueçamos que a maneira como são remunerados os que caminham pelos canais de YouTube é diferente da remuneração de quem trabalha nas redações e que, muitas vezes, o sensacionalismo engaja e dá dinheiro. Um passo para nos esquecermos de que no esporte se ganha e se perde, que só um será campeão e quatro rebaixados. Só quem grita tem razão, só quem pede a cabeça do treinador sente com o próprio coração. "Não se trata de boa ou má gestão, trata-se de ser colorado." Não, não se trata disso. O Internacional não acabou quando quase foi rebaixado, em 2002, e com o cérebro construiu o time campeão do mundo quatro temporadas depois. Também não terminou quando foi rebaixado, em 2016, apenas um ano após ser semifinalista da Libertadores. Nada foi mais grave do que a acusação de assédio sexual a uma menina de 13 anos. Mas tudo está misturado num barril de pólvora, sempre prestes a produzir uma nova explosão. Futebol é esporte, metáfora da vida, e ensina a vencer e a perder. Pelo menos deveria ser assim.