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Análise dos Times

Motivo: O artigo destaca o gol de um jogador do Vasco pela seleção, ressaltando a alegria do clube e a importância desse feito para sua torcida.

Viés da Menção (Score: 0.7)

Motivo: A matéria foca na trajetória de Paulo Henrique, jogador da Seleção, e sua estreia com gol, enaltecendo a conquista pessoal e o mérito.

Viés da Menção (Score: 0.6)

Palavras-Chave

Entidades Principais

Vasco Fortaleza Carlo Ancelotti Fernando Diniz Japão Bruno Guimarães Paulo Henrique Seleção Brasileira Rômulo

Conteúdo Original

Só para assinantes Assine UOL Opinião De torcedor no Maracanã ao gol pela Seleção: o conto real de Paulo Henrique Yara Fantoni Colunista do UOL 14/10/2025 09h56 Deixe seu comentário Carregando player de áudio Ler resumo da notícia Há um mês, Paulo Henrique estava nas arquibancadas do Maracanã, um rosto entre tantos torcendo pela Seleção Brasileira nas Eliminatórias, vivendo o ritual de quem ama futebol: dividir o jogo com a pessoa amada, respirar o estádio, sonhar baixinho. Hoje, ele tem história para contar aos netos. Em Tóquio, de camisa titular, o lateral do Vasco estreou como titular da Seleção e marcou. Não foi só um gol no amistoso contra o Japão. Foi o carimbo de um percurso improvável, desses que lembram que o futebol ainda sabe recompensar quem insiste. PH tem 29 anos e um mapa de estrada no currículo: formado no Londrina, rodou Operário-PR, Paraná, Tubarão, Juventude. Em 2022, virou notícia por um pique de 37,42 km/h no Couto Pereira, estatística de videogame para quem, na vida real, se acostumou a atravessar estádios com o crachá de "operário". Foi essa soma de passos que o levou ao Galo e, depois, a São Januário. Quando Carlo Ancelotti procurou no Brasil um lateral que cruzasse intensidade com coragem para atacar espaço, encontrou um jogador que não tem medo de começar a correr de trás. A convocação não chegou com pompa. Encontrou Paulo Henrique dentro de um avião, rumo a Santa Catarina, pronto para uma rara folga em família na Data Fifa. Trocar o descanso pelo sonho não foi uma dúvida; foi um gesto instintivo. Recalcular rota, avisar a esposa, refazer mala e voar para Seul. O futebol gosta dessas viradas de última hora, mas é no detalhe que a história fica bonita: há poucas semanas, ele era plateia; agora, foi protagonista, após passe de primeira de Bruno Guimarães. PVC Com derrota, seleção mede em que lugar está Josias de Souza Eduardo anteviu o futuro de Bolsonaro Marco Antonio Sabino Tarifa zero de ônibus no Brasil: o novo Bolsa Família Carlos Juliano Barros Desemprego entre negros dispara nos EUA O Brasil perdeu por 3 a 2, e isso conta. Mas há jogos em que o placar não esgota o significado. Em campo, Paulo Henrique exibiu a versão que o Vasco aprendeu a valorizar: leitura para atacar o espaço, perna firme na recomposição e, sobretudo, personalidade. A comemoração de Ancelotti no gol foi menos um afago e mais um reconhecimento de aposta bem colocada. O italiano sabe que Copas se constroem com certezas, mas também com boas surpresas. PH ainda é a segunda coisa e, para quem quase sempre chegou como coadjuvante, pode ser o começo de uma virada de papel. No Rio, a torcida do Vasco explodiu, e não por acaso. O último gol de um jogador do clube pela Seleção tinha saído em 2012, com Rômulo. Ver Paulo Henrique, hoje referência do time de Fernando Diniz, marcar em amarelo e verde é também enxergar um clube inteiro saboreando o próprio trabalho. O "conto de fadas" que ele mesmo admitiu viver tem o suor de São Januário nas entrelinhas. Agora, a vida volta a ser corrida. A pressa é para estar à disposição contra o Fortaleza. A Seleção segue seu calendário, Ancelotti ajusta listas, e Paulo Henrique retorna ao chão que o ergueu. Entre um voo e outro, fica o essencial: o futebol é um lugar onde a biografia pesa, mas não aprisiona. Quem foi torcedor no mês passado pode ser manchete no seguinte. E quem recebe a chance tardia pode tratá-la como o começo, e não como o ápice. Há algo profundamente humano nessa trajetória. Não é sobre consagração relâmpago, é sobre merecimento que chega no tempo possível. Paulo Henrique não driblou só um zagueiro em Tóquio; driblou a estatística, o ceticismo, a burocracia de uma carreira que sempre pareceu exigir pedágios extras. Se ele estará na Copa? Ninguém sabe. Mas há certezas que a planilha não mede: quando a oportunidade lhe pediu coragem, ele já estava correndo. E, quando o passe veio limpo, não pensou duas vezes. Gol. Rede. História vivida. Opinião Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados. ** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL. Comunicar erro Deixe seu comentário Veja também Deixe seu comentário O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL. UOL Flash Acesse o UOL Flash Receba novos posts de Yara Fantoni por email Informe seu email Quero receber As mais lidas agora Japão aproveita colapso, vira em 25 minutos e vence Brasil pela 1ª vez Ancelotti aponta maior erro do Brasil em derrota: 'Boa aula para o futuro' Alec Baldwin e irmão sofrem acidente de carro nos EUA; saiba mais 5 coisas que seu médico gostaria que você soubesse sobre o Alzheimer Brasil perde primeiro jogo para o Japão e seleção mede em que lugar está