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Que Choque-Rei foi esse? Que partida espetacular, superdisputada, com todos os jogadores dividindo cada bola como se não houvesse o amanhã. Um primeiro tempo totalmente tricolor, com jogadas rápidas envolvendo o time palmeirense, e os dois gols mostraram isso. Inteligência futebolística do Luciano para se posicionar e também do ótimo Marcos Antônio para lançar e deixar o camisa 10 são-paulino na cara do Weverton. Ele já dominou driblando o goleiro, só dando um tapa com muita marra, como é característico do Luciano, fazendo 1 a 0. Depois, após ganhar no corpo a corpo e se impor fisicamente, Enzo Díaz cruzou para Tapia chegar escorando e fazer 2 a 0. Poderia ter sido mais. Como o adversário é muito forte e perigoso, o São Paulo deveria ter matado o jogo. O Abel Ferreira é um treinador genial e com um ótimo elenco nas mãos, que nunca desiste de nada e que tem dentro de si um foco inacreditável. O segundo tempo foi totalmente verde e branco e, com requintes de crueldade, o Palmeiras foi para cima, empurrando o São Paulo para trás e agredindo o tempo todo. Conseguiu fazer o primeiro gol com uma forte jogada coletiva, vindo de pé em pé e terminando com um cruzamento do Maurício para o Vitor Roque, que fez um golaço de cabeça, chegando à incrível marca de 8 gols nos últimos oito jogos. Não demorou muito para, em mais uma jogada rápida, consciente e coletiva, Maurício passar para o Flaco López que, com uma classe absurda, de fora da área, ajeitou e só deu um tapa que bateu na bochecha da rede. Mesmo com o goleiro Rafael se esticando todo, ele não chegou, e o Palmeiras alcançou o 2 a 2. Como todo grande time, não se contentou em chegar ao empate e continuou acelerando o jogo, colocando muita intensidade e sendo muito agressivo. Chegou à virada histórica com o gol do paraguaio Sosa. Que poder de reação, que força e que foco tem esse time do Palmeiras! Abel mexeu no intervalo, voltando com três alterações que fizeram toda a diferença. O Palmeiras mostra que está muito forte na luta pelo título do Campeonato Brasileiro e da Libertadores. Porém, a arbitragem não marcou um pênalti claríssimo do jogador Allan, do Palmeiras, em cima do atacante Tapia, quando ainda estava 2 a 0 para o São Paulo. Um erro gravíssimo que interferiu totalmente no resultado da partida, e isso é o que mais essa arbitragem catastrófica do Campeonato Brasileiro vem fazendo: erros gravíssimos, como marcar pênaltis inexistentes e deixar de marcar pênaltis claros. É uma arbitragem sem critérios, totalmente perdida, que estraga o futebol brasileiro. Mas isso não tira o brilho da vitória histórica de virada do Palmeiras. Abel Ferreira continua sendo, disparado, o melhor treinador que trabalha no Brasil.