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O São Paulo está nas quartas de final da Taça Libertadores, mas a verdade é que o Tricolor só continua vivo na competição por causa do espetacular Rafael! O goleiro fez hoje, no Morumbis, mais uma atuação digna de herói, assim como já havia feito no jogo de ida, na Colômbia. Lá atrás, em Medellín, ele pegou um pênalti que manteve o placar zerado e evitou que o Atlético Nacional abrisse vantagem. Já nesta noite, em São Paulo, ele voltou a brilhar com defesas difíceis no tempo normal e, sobretudo, na disputa por penalidades. Enquanto os jogadores de linha tricolores capricharam nos erros e nas bolas mal batidas, Rafael segurou a bronca e garantiu a classificação. A atuação do camisa 23 não pode ser tratada como detalhe. Se não fosse por ele, o São Paulo teria caído de forma vexatória para um Atlético Nacional limitado, que esteve longe de ser o bicho-papão de outras épocas. O time colombiano, organizado, mas sem grande brilho, deu trabalho suficiente para deixar clara a fragilidade deste elenco tricolor. Porque convenhamos: o São Paulo fez de tudo para ser eliminado. Perdeu chances claras, recuou sem necessidade, errou passes bobos e viu o adversário crescer no jogo. Até mesmo nos pênaltis, quando parecia que a vaga viria sem sustos, Marcos Antônio conseguiu recolocar o rival na disputa com uma cobrança muito ruim. Foi aí que Rafael novamente se agigantou, diante de um Morumbis nervoso e lotado, para recolocar o clube nos trilhos. Ele claramente desestabilizou os cobradores colombianos, como Hinestroza, que carimbou o travessão. A classificação, claro, precisa ser comemorada. Libertadores é Libertadores, e cada passo adiante conta. Mas o alerta está dado: se continuar apresentando esse futebol meia-boca, o São Paulo não terá a menor chance contra o Botafogo (ou contra a LDU, caso os equatorianos alcancem a virada no jogo de volta) O torcedor são-paulino sai do estádio aliviado, mas também preocupado. Porque apara a ganhar a Libertadores é preciso ter consistência acima da média. Hoje, Rafael blindou o Tricolor. Mas e amanhã?