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Desde que chegou ao Flamengo, Samuel Lino tem sido uma unanimidade. Incisivo, vertical, driblador, marcador, incansável. Era mesmo estranho que não estivesse na lista de Ancelotti. Agora, por causa da contusão de Matheus Cunha, esse equívoco foi corrigido pelo destino. Ancelotti teve o mérito de enxergar o óbvio. Lino é um jogador como poucos. Um trabalho de excelência dos olheiros do Flamengo. É claro que jogar em uma equipe que está a cada dia mais afinada, e que tem a melhor dupla de volantes do futebol Sulamericano hoje (Saul e Jorginho) facilita a exuberância técnica de qualquer um. Mas o que impressiona em Lino é sua destreza tática, a condição física e a técnica para realizar manobras em espaços curtos e se colocar nos espaços vazios. Eu arriscaria dizer que hoje ele tem jogado mais do que qualquer outro brasileiro na posição. Chega para ser titular. Bem, pelo menos no meu time. Vamos ver o que Ancelotti faz com ele. E torcer para que a maldição das convocações não recaia sobre Lino. Diz a lenda que quem vai para a seleção volta sempre pior do que saiu. Quem sabe o treinador italiano rompa com essa cruel maldição imposta à camisa amarela desde que ela deixou de ser representativa de nossa cultura. Seria mesmo uma ironia que precisássemos de um gringo para nos refazer culturalmente em campo.