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A reforma do calendário para 2026 feita pela CBF estendeu o Brasileiro por dez meses, do final de janeiro ao início de dezembro. Antes, o campeonato durava em torno de oito meses, pois tinha seu começo no final de março. Ressalte-se que há uma parada no meio do ano para a Copa do Mundo. A paralisação vai durar 55 dias por incluir também um período de preparação. A extensão do Brasileiro tem um impacto econômico: há um aumento do valor comercial da competição. 'Mas por quê?', perguntará o leitor inteligente que observa que continuam as 38 rodadas e 380 jogos. Ao comprar os direitos da competição, Globo, Amazon, Youtube e Record exploram os jogos de diferentes formas. Uma delas é a publicidade e o pacote de anunciantes na TV Aberta. A outra é atração de assinantes via Premiere (Globo) e Amazon. No primeiro caso, as plataformas abertas terão dois meses a mais de exibição para os anunciantes. Ainda que o tempo dos anúncios seja igual, isso amplia o impacto temporal para as marcas. O mesmo vale para as vendas de placas publicitárias nos estádios, o que é feito diretamente pelos times. Haverá partidas premium dentro da própria temporada. Há um efeito maior nos pacotes de assinaturas. Atualmente, o Premiere tem 2,2 milhões de assinaturas. Mas há uma debandada em dezembro, janeiro e fevereiro dos assinantes, tanto que a Globo estava voltando a comprar Estaduais para manter jogos na plataforma. Com jogos em dezembro e até janeiro, será um período muito curto para o assinante se retirar do pacote. E o mesmo vale para a Amazon. Suas transmissões têm como objetivo aumentar o número de assinantes dentro da plataforma, o que se ampliará por dois meses. Até 2029, já há contratos assinados pela Libra e pela Liga Forte União em nome dos clubes. Para edições a partir de 2030, os clubes poderão fazer vendas que considerem esse valor adicional. De imediato, o aumento da arrecadação do pay-per-view representa ganhos para clubes da Libra e LFU, já que em ambos os casos há percentuais a serem recebidos do total ganho pela Globo.