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José Carlos Mansur, conselheiro do Palmeiras, é sócio da empresa Reag, investigada por relação com o PCC na operação deflagrada pela Polícia Federal nesta semana. Mas a relação com Leila Pereira e seu marido, José Roberto Lamacchia, é apenas institucional. Leila é presidente do clube e tem relação política com o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), ao qual Mansur pertence. O marido de Leila, José Roberto Lamacchia, foi eleito conselheiro pela União Verde e Branca (UVB), facção política hoje comandada por Carlos Degon e com a participação de José Carlos Mansur. Mas sua entrada na UVB foi por absoluta conveniência, na época da eleição que levou Leila Pereira ao Conselho Deliberativo. Leila, pela chapa Palestra. Lamacchia ingressou na UVB, à época comandada por Walter Pescarmona, que está um pouco mais afastado das decisões da UVB atualmente. Lamacchia também não tem cadeira na liderança da facção política. Mansur e a Reag foram até mesmo concorrentes da Crefisa na licitação pela Arena Barueri. Os advogados que trabalharam para a Reag dizem que a empresa investigada por ligação com o PCC foi surpreendida pela entrada da Crefisa na operação. A Crefisa é alvo de medida cautelar que cancela seu contrato com o INSS. Aqui não se dirá, sem definição prévia da Justiça, se há ou não irregularidade das empresas de Leila Pereira. Na política do Palmeiras, não há mistura. Mansur não tem a menor chance de ser presidente do Palmeiras. Os candidatos possíveis a serem indicados por Leila Pereira são os atuais vice-presidentes Paulo Buosi e Everaldo Coelho. A Reag também presta serviços, como fazer a reestruturação da dívida do Corinthians. A investigação contra o crime organizado deve prosseguir. Com o cuidado de não misturar coisas que não se misturam.