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Análise dos Times

Brasil

Principal

Motivo: O texto critica a pior campanha histórica nas eliminatórias e a falta de um craque incontestável, mas reconhece a classificação e a esperança em Ancelotti.

Viés da Menção (Score: -0.5)

Palavras-Chave

Entidades Principais

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Conteúdo Original

A seleção brasileira completou sua caminhada nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 com números que, até pouco tempo atrás, seriam inimagináveis. Foram 28 pontos em 18 jogos (oito vitórias, quatro empates e seis derrotas). Estatística seca: a pior campanha da história do Brasil em Eliminatórias! Para se ter uma ideia, se ainda valessem os moldes antigos, com apenas quatro classificados diretos, a seleção teria sido obrigada a disputar a repescagem. Só escapou dessa condição porque o Mundial dos Estados Unidos, Canadá e México terá 48 participantes, alargando a margem de segurança. Os tropeços refletem uma série de fatores. Há talento no elenco, sem dúvida, mas falta o craque incontestável. Uma geração de bons jogadores (como Vinícius Júnior, Bruno Guimarães, Martinelli, entre outros), mas nenhum deles conseguiu até aqui assumir o posto de protagonista absoluto, como foi Neymar. E o próprio Neymar, outrora diferencial, não tem mais nível para vestir a camisa 10 da seleção. Suas seguidas lesões e queda de rendimento abriram um vácuo que ninguém preencheu com autoridade. Além disso, o extracampo "ajudou a atrapalhar". A bagunça política na CBF, com troca de presidentes e crises institucionais, minou a confiança e a continuidade de projetos. A falta de convicção nos trabalhos técnicos também pesou: desde Tite, o Brasil passou por interinos, apostas e soluções paliativas até finalmente chegar a Carlo Ancelotti. E aqui está o grande ponto positivo da campanha. Sem craque dentro de campo, o Brasil ganhou uma estrela no banco de reservas. Ancelotti, multicampeão europeu, assumiu o papel de referência. Seus primeiros jogos em solo brasileiro já mostraram sinais de organização, resgataram confiança no ambiente e renderam vitórias importantes, como sobre Paraguai e Chile. A torcida, carente de lideranças, hoje olha para o treinador com a esperança de que ele seja capaz de transformar um grupo talentoso, mas inconstante, em uma equipe competitiva. O saldo, portanto, é paradoxal. Pior campanha da história, mas classificação garantida. Oscilação evidente, mas com lampejos de qualidade individual. O Brasil não chega ao Mundial com o favoritismo de outrora, mas a presença de Ancelotti, aliada ao talento espalhado no elenco, atrai a atenção do planeta. No país do futebol, ninguém, é claro, se conforma com quinta colocação em Eliminatórias. Mas a Copa é outra história. E será nela que a seleção precisará provar que a má campanha foi apenas um tropeço no longo caminho que leva ao Mundial.