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A noite de quinta-feira, que tinha tudo para ser uma festa no Allianz Parque, acabou deixando a torcida palmeirense com a pulga atrás da orelha. O Verdão entrou em campo com a classificação garantida após o 4 a 0 aplicado no Peru, é verdade. O torcedor, naturalmente, esperava uma nova sacolada em cima do modesto Universitario. Mas não foi isso que aconteceu. O time de Abel Ferreira decepcionou. O treinador, sempre ousado em suas escolhas, resolveu inventar na escalação e a equipe não respondeu dentro de campo. O resultado foi um primeiro tempo arrastado, com o Universitario levando perigo em mais de uma oportunidade. Para piorar, os peruanos chegaram a balançar a rede, mas o gol foi anulado por impedimento. O Palmeiras, por sua vez, quase nada criou, sendo salvo apenas por uma bola no travessão de Allan no finalzinho da etapa. Na volta do intervalo, o cenário pouco mudou. O Universitario, que precisava de um milagre, jogava solto e parecia mais confortável em campo do que o próprio dono da casa. Weverton, chamado para trabalhar mais vezes do que o esperado, garantiu o empate sem gols. Do outro lado, Flaco López, Vitor Roque e companhia até tentaram, mas sempre esbarraram na desorganização ofensiva e nas mãos do goleiro Britos. O agregado de 4 a 0, claro, é maravilhoso. A vaga nas quartas de final foi confirmada sem sustos, e isso não se discute. Mas o desempenho desta quinta-feira deixa dúvidas sérias. Afinal, se o Palmeiras sofre desse jeito dentro de casa contra um rival tão frágil, terá forças para encarar os gigantes que ainda virão pela frente? O torcedor, que foi ao Allianz esperando uma nova exibição avassaladora, saiu preocupado. A festa pela classificação aconteceu, mas com gosto amargo. E Abel Ferreira, que tanto coleciona méritos, desta vez sai da partida como o grande responsável por uma atuação que não condiz com o tamanho do Palmeiras na Libertadores.