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Análise dos Times

Flamengo

Principal

Motivo: A matéria foca na nova patrocinadora master do Flamengo e na conexão de uma investigação de apostas envolvendo um jogador do clube. O Flamengo é o centro da notícia devido ao patrocínio e ao jogador.

Viés da Menção (Score: 0.4)

Motivo: Mencionado apenas como um dos times patrocinados pela Betano, sem impacto direto na narrativa principal do artigo.

Viés da Menção (Score: 0.0)

Palavras-Chave

Entidades Principais

Flamengo Copa do Brasil Betano Bruno Henrique Ibia Juninho Wander Nunes Júnior Polícia Federal Ludymilla Poliana Bernardo Cavalcanti Freire ANJL Clube Atlético Mineiro Ministério Público do Distrito Federal Superior Tribunal de Justiça Desportiva

Conteúdo Original

Nova patrocinadora master do Flamengo, a Betano está entre as empresas que travaram apostas no cartão amarelo de Bruno Henrique, em 2023, no episódio que gerou processos contra o atacante. A falta do depósito de retorno das apostas no jogo entre Flamengo e Santos, pelo Brasileirão 2023, gerou diálogos aflitos por parte de Wander Nunes Júnior, o Juninho, irmão do atacante do Flamengo. A Betano faz parte da Associação Internacional de Integridade nas Apostas (Ibia, sigla em inglês), responsável pelo relatório que iniciou a investigação no caso. Segundo os documentos do processo envolvendo Bruno Henrique, a Betano relatou a ocorrência de nove apostas no valor máximo no cartão amarelo de Bruno Henrique em um intervalo de três horas. A maioria em contas recém-criadas. A informação nos autos menciona: 98% das apostas do mercado de cartões da Betano foram direcionadas ao atleta, o que fez a operadora, pela suspeita de manipulação, suspender a oferta desse mercado um dia antes do jogo. As odds para o amarelo de Bruno Henrique na Betano estavam em 3,10. Das 14 apostas levantadas inicialmente pela Polícia Federal na fase de inquérito, seis foram feitas na Betano. Três delas eram de titularidade de parentes de Bruno Henrique — Juninho, o irmão, Ludymilla, a cunhada, e Poliana, a prima. Os valores e retorno eram iguais: pagando R$ 380,86, cada um receberia R$ 1.180,67. Na curiosidade de saber o que teria acontecido com as apostas, Ludymilla enviou questionamento à Betano. A conta dela tinha sido usada por Juninho para realizar as apostas, segundo as conversas interceptadas na investigação. "Informamos que a aposta encontra-se em aberto devido a uma investigação por parte do departamento de traders", disse a casa de apostas, em novembro de 2023. Juninho passou os dias seguintes questionando Ludymilla. Já em setembro de 2024, ele ainda tinha curiosidade: "Olha na conta da Betano aí se o dinheiro caiu". O dinheiro preso lá até virou motivo de briga do casal. "Se cair dinheiro lá, fica de pensão dos meninos!", respondeu Ludymilla em um dos diálogos. Em outro diálogo, com um amigo que chegou a ser indiciado, mas não virou réu, Wander Júnior perguntou: "Da Betano já caiu?". A resposta foi uma negativa. "É uma comprovação do quanto o trabalho das empresas de integridade esportiva e das próprias bets são fundamentais neste combate, pois as suspeitas foram observadas quase que simultaneamente às apostas. É um serviço que já vem desde antes da regulamentação, com autorização provisória deste processo já a partir de 2024, inclusive com as casas que conseguiram a outorga por meio da regulamentação", diz Bernardo Cavalcanti Freire, consultor jurídico da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL). Ainda nas primeiras alegações, a defesa de Bruno Henrique questionou na época o papel da Betano no relatório que apontou as suspeitas iniciais. "A Betano, como se sabe, é patrocinadora atual tanto da Copa do Brasil como do Clube Atlético Mineiro, agremiação esportiva que disputou a final do torneio contra o Clube de Regatas do Flamengo, equipe da qual o ora peticionário é atleta, na mesma semana em que a espetaculosa e truculenta operação policial foi deflagrada em seu prejuízo", foi um dos parágrafos da peça de defesa. Os advogados do jogador acrescentaram: "Logo, não há motivo algum para se atribuir credibilidade cega absoluta às informações da referida associação de casas de apostas". O processo na Justiça comum avançou. Bruno Henrique virou réu com base no artigo da Lei Geral do Esporte que trata de manipulação de partidas. No entanto, a decisão inicial do juiz foi não enquadrá-lo em estelionato, como queria o Ministério Público do Distrito Federal. A alegação foi a de que os promotores não juntaram representações formais das casas de apostas a respeito dos fatos. É como se fosse um crime sem Boletim de Ocorrência. Logo, sem uma vítima do estelionato, o jogador não foi enquadrado, segundo entendeu o juiz. O MP recorre e tenta fazer o magistrado mudar de ideia. As provas da Justiça comum foram compartilhadas com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Nele, Bruno Henrique foi denunciado, aguarda julgamento e pode ser punido com até dois anos de suspensão. Questionada inicialmente pela defesa de Bruno Henrique, a Betano foi anunciada como patrocinadora máster do Flamengo até o fim de 2028. Será o maior patrocínio do futebol brasileiro, rendendo R$ 268 milhões por ano.